Mercado de milho reage a safra e USDA
A expectativa é de que o USDA reduza a previsão recorde

O mercado futuro de milho no Brasil encerrou a quarta-feira em baixa, refletindo a perspectiva de aumento da safra nacional. Segundo a TF Agroeconômica, o recuo das cotações ocorreu após ajustes da Conab, que elevaram a estimativa de produção do milho safrinha e aumentaram os estoques finais no país. No pregão da B3, o contrato de setembro/25 fechou a R$ 65,19, baixa de R$ 0,18 no dia e de R$ 0,20 na semana; novembro/25 a R$ 67,96, baixa de R$ 0,14 no dia e R$ 0,66 na semana; e janeiro/26 a R$ 70,93, baixa de R$ 0,31 no dia e de R$ 0,71 na semana.
Nos Estados Unidos, o milho negociado na CBOT apresentou leve alta, com investidores cobrindo posições vendidas antes do relatório de Oferta e Demanda do USDA (WASDE), que será divulgado nesta sexta-feira. O contrato de dezembro fechou a $ 419,75 cents/bushel, alta de 0,66%, e o de março avançou 0,69%, a $ 437,50 cents/bushel.
A expectativa é de que o USDA reduza a previsão recorde de produtividade divulgada em agosto, diminuindo a produção americana em 6 milhões de toneladas, para 419 milhões. Apesar disso, o volume ainda é recorde, e a correção deve equilibrar oferta e demanda, que segue aquecida, com 22 milhões de toneladas já negociadas para exportação da safra 25/26, das 71 milhões estimadas.
O cenário evidencia a volatilidade do mercado global de milho, impactado tanto pela produção doméstica no Brasil quanto pelas perspectivas de ajustes nos EUA, exigindo atenção de produtores e traders quanto aos próximos movimentos das cotações. As informações foram divulgadas nesta manhã de sexta-feira, pela consultoria.