Trigo recua com avanço da colheita no Hemisfério Norte
Confira as outras cotações

Nesta segunda-feira (29), os preços do trigo operam em queda nos mercados internacionais, pressionados pela entrada da nova safra do Hemisfério Norte e pela valorização do dólar frente ao euro, segundo a TF Agroeconômica. Isso tem reduzido a competitividade do trigo norte-americano no mercado externo. Em Chicago, os contratos de setembro fecharam a US$ 532,25, recuo de 6,25 centavos. No Brasil, o CEPEA apontou alta diária de 0,14% no Paraná (R$ 1.473,93) e estabilidade no Rio Grande do Sul (R$ 1.288,17).
Em relação à colheita, o USDA informou que 80% da safra de trigo de inverno já foi colhida nos EUA, alinhado à média histórica. No Brasil, a Conab indica avanço modesto: 2,6% da área apta, contra média de 3,3% nos últimos cinco anos. Já o trigo de primavera americano teve ligeira piora nas condições, com apenas 49% das lavouras em bom ou ótimo estado, frente a 74% no mesmo período de 2024.
A soja também apresenta leve recuo em Chicago, negociada a US$ 987,50 no contrato de agosto (-1,25), influenciada por incertezas quanto à trégua tarifária entre EUA e China e à demanda da nova safra. O USDA elevou para 70% a proporção de lavouras em boas/excelentes condições, com destaque para os estados de Iowa (82%) e Illinois (65%). No Brasil, os preços subiram: R$ 131,62 no interior do Paraná e R\$ 138,68 em Paranaguá, conforme o CEPEA.
No milho, os preços seguem praticamente estáveis, com Chicago operando perto das mínimas históricas. O contrato de setembro fechou a US\$ 393,75. A queda no ritmo da safra americana e o avanço da colheita da safrinha brasileira, que já alcança 66,1% da área, pressionam os mercados. Apesar da leve queda nas condições das lavouras dos EUA (73% em bom/ótimo estado), os números ainda são melhores que os de 2024, quando o índice era de 68%.