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Mato Grosso do Sul recebe Programa para Incremento da Produtividade de Milho

Aposta em tecnologias elevou a produtividade em 27%



Foto: USDA

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, e o Mato Grosso do Sul ocupa a quarta posição entre os estados brasileiros na produção do grão, respondendo por 10% do total nacional, segundo o USDA (sigla em inglês do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Para auxiliar os produtores sul-mato-grossenses na produtividade e rentabilidade das lavouras, a Corteva Agriscience, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (FAMASUL) e a Associação dos Produtores de soja do Mato Grosso Sul (Aprosoja/MS), lança o “Programa para Incremento da Produtividade de milho no Mato Grosso do Sul”.

A iniciativa surge como uma resposta concreta à estagnação da produtividade do milho no Estado nos últimos anos. O Programa selecionará agricultores para transformarem suas propriedades em áreas modelo. A seleção será feita pela FAMASUL e pela Aprosoja/MS, priorizando produtores de médio e grande porte com perfil inovador. Na ação, a Corteva será responsável pela transferência tecnológica por meio de áreas demonstrativas e conhecimento agronômico.

“O Mato Grosso do Sul é um dos principais polos de produção de grãos no Brasil, mas, na safrinha de milho 2023/24, registrou um dos menores índices de produtividade da última década, reflexo, principalmente, do estresse hídrico que afetou mais de 90% dos municípios sul-mato-grossenses”, explica Anelcindo Souza, Diretor de Marketing de Sementes da Corteva Agriscience para Brasil e Paraguai. “A Corteva é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em sementes e defensivos químicos e biológicos para auxiliar os agricultores nos desafios diários da lavoura, auxiliando na produtividade e rentabilidade. Com tecnologias de ponta e práticas de manejo avançadas, apoiamos o produtor rural na superação de desafios. Especificamente no Estado, a Corteva conta com uma estação satélite de pesquisa, em Fátima do Sul, que testa inovações em sementes para as características de clima, solo, praga e doenças da região. Essas ferramentas irão integrar o Projeto”.

O desenvolvimento do Programa para Incremento da Produtividade de Milho no Mato Grosso do Sul surgiu após autoridades locais sinalizarem que os produtores do Estado precisavam de apoio e conhecimento sobre novas tecnologias para ampliar a produtividade do milho. “Com isso, a Corteva, em pouco tempo, mobilizou os recursos necessários e atores estratégicos para ajudar produtores da região a alcançarem resultados superiores no curto e médio prazos, pontua Augusto Moraes, Diretor de Relações Institucionais da Corteva Agriscience para a América Latina. “Agora, todo o pacote de tecnologias adaptadas ao clima da região e técnicas de manejo que potencializam o resultado em campo estarão expostas em áreas testes espalhadas pelo Estado. Da mesma forma, nossas equipes de agronomia e pesquisa acompanharão de perto esse processo de transferência tecnológica. Assim, a companhia, ao lado de autoridades e entidades do setor, segue cumprindo seu papel de elevar inovação, integração de tecnologias e produtividade ao campo”, completa.

Aposta em tecnologias elevou a produtividade em 27% acima da média estadual na safrinha 2024

Um dos exemplos de como as inovações da companhia tem auxiliado na produtividade é a Fazenda Boa Vista, dos irmãos Ângelo e Mário Pignataro, em Ponta Porã (MS). Eles utilizam o portfólio integrado da empresa e práticas de manejo avançadas. “Na safrinha 2023, conquistamos uma média na safrinha de milho de 125 sacas por hectares (scs/ha), enquanto a média estadual foi de 100 scs/ha. Já no ciclo posterior, safrinha 2024, com a estiagem, atingimos uma média de 85 scs/ha, 77% acima da média registrada nos municípios de Ponta Porã e Antônio João e 27% acima da média do estado. Já a previsão para a safrinha que está sendo colhida é uma média de 135 scs/ha na propriedade. A média estadual está estimada em 80 scs/ha”, comenta Ângelo.

Mário Pignataro destaca que a produtividade média da propriedade é 27% superior à média estadual, reflexo do uso de sementes adaptadas à região, soluções químicas e biológicas, incluindo o tratamento das sementes, além de manejo eficiente, mesmo em condições climáticas adversas. “Em 2024, que foi marcado pela seca, apostamos pela primeira vez no manejo com o fixador foliar de nitrogênio Utrisha™ N, da Corteva, em 50% da área. A aplicação resultou em ganhos de 10 a 15 sacas por hectare. Percebemos que o produto biológico ajudou a planta a resistir ao pior momento do estresse, resultando em um aumento da produtividade além do esperado. Para esta temporada, que já começou a ser colhida, 100% dos 5 mil hectares da propriedade estão sendo tratados com biológicos, sempre em combinação com químicos”, aponta.

Inovações pesquisadas e desenvolvidas para o Mato Grosso do Sul

Por dia, a Corteva investe globalmente US$ 4 milhões em Pesquisa & Desenvolvimento, com 10 unidades de pesquisa no Brasil. No Mato Grosso do Sul, mantém uma unidade satélite em Fátima do Sul, dedicada a testes com produtos voltados às necessidades locais. “Nos últimos anos, o local contribuiu diretamente para o desenvolvimento de híbridos de milho como o P3310VYHR e o P3322PWU, da Pioneer, marca de sementes da Corteva, que foram cultivados na Fazenda Boa Vista durante a Safrinha 2025. Além dos produtos comerciais, a estação contribui para a base genética dos futuros lançamentos. Sua rede de ensaios contempla testes de campo voltados ao desenvolvimento de parentais gênicos, uma etapa essencial para garantir híbridos ainda mais adaptados ao ambiente regional”, observa Anelcindo Souza.

Os híbridos que passam pelo crivo da estação de Fátima do Sul apresentam características agronômicas que refletem diretamente as demandas dos agricultores do Estado, como alto teto produtivo, o que garante rentabilidade e segurança para investimentos; estabilidade produtiva, mesmo frente às variações ambientais da região; super precocidade, ideal para uma área com inverno rigoroso e risco de geadas; e qualidade de grãos, sanidade foliar e robustez de raiz, assegurando maior performance em campo.

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