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RS: segundo óbito por leptospirose relacionado às enchentes

O falecimento ocorreu na última sexta-feira (17/5)


Foto: Pixabay

A Secretaria da Saúde (SES) confirmou, nesta quarta-feira (22/5), o segundo óbito por leptospirose decorrente das enchentes no Rio Grande do Sul. A vítima é um homem de 33 anos, residente em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. O falecimento ocorreu na última sexta-feira (17/5). As informações foram divulgadas pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul. 

A confirmação foi feita após a análise positiva da amostra pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre. Anteriormente, a SES havia registrado o primeiro óbito, de um homem de 67 anos, em Travesseiro, no Vale do Taquari.

Embora a leptospirose seja uma doença endêmica, com circulação sistemática, eventos de alagamentos aumentam significativamente a chance de infecção. Por isso, é crucial que a população procure atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente na panturrilha) e calafrios.

Conforme o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), vinculado à SES, entre 2 de maio e a tarde de terça-feira (21/5), foram confirmados 29 casos de leptospirose no estado. A SES atualiza os dados diariamente a partir das notificações enviadas pelos municípios, com as amostras sendo analisadas pelo Lacen para confirmação da doença.

Antes do período de calamidade pública, de acordo com o Ministério da Saúde, até 19 de abril de 2024, foram registrados 129 casos de leptospirose e seis óbitos no RS. Em 2023, o estado teve 477 ocorrências e 25 mortes.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente ratos. A contaminação ocorre através da pele ou mucosas em contato com água ou lama contaminadas. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (especialmente na panturrilha) e calafrios, que surgem entre cinco a 14 dias após a infecção, podendo levar até 30 dias.

Em caso de sintomas, é recomendável procurar imediatamente um serviço de saúde e informar sobre qualquer contato com alagamentos. Em áreas afetadas por chuvas e cheias, casos suspeitos devem iniciar tratamento medicamentoso imediatamente e, quando possível, ter amostras coletadas a partir do sétimo dia de sintomas para envio ao Lacen.

O tratamento envolve o uso de antibióticos, que devem ser iniciados assim que houver suspeita por um profissional de saúde. Casos leves podem ser tratados ambulatorialmente, enquanto casos graves requerem hospitalização imediata para evitar complicações e reduzir a letalidade. A automedicação não é recomendada.

Nos locais afetados por enchentes, é importante desinfetar o ambiente com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água. Outras medidas preventivas incluem manter alimentos em recipientes fechados, manter a cozinha limpa, retirar sobras de alimentos ou ração de animais antes do anoitecer, manter o terreno limpo e evitar entulhos para prevenir a presença de roedores. A luz solar também ajuda a eliminar a bactéria.

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