No Brasil, os preços do milho voltaram a subir no Rio Grande do Sul, diante das perdas provocadas pelas enchentes, porém, se mantiveram relativamente estáveis no restante do país, embora o viés seja de alta. A registrar o fato de que no porto de Santos o produto voltou à casa dos R$ 60,00/saco. Assim, a média gaúcha fechou a semana em R$ 56,26/saco, enquanto as principais praças locais trabalharam com R$ 55,00. No restante do país, os preços do milho oscilaram entre R$ 36,00 e R$ 56,00/saco, segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema).
E pelo lado das exportações brasileiras de milho, a Secex indicou que, até a segunda semana de maio, o país embarcou 96.650 toneladas de milho, sendo este volume 25,1% do total exportado pelo país em todo o mês de maio do ano passado. A média diária de embarques, no período, ficou em recuo de 21,1% sobre maio do ano passado. Estes números vão confirmando a tendência de que o Brasil irá exportar bem menos milho do que no ano passado. Para a Céleres Consultoria o volume do corrente ano ficaria entre 45 e 46 milhões de toneladas, porém, há analistas apontando a possibilidade de o número final ficar bem abaixo disso, ao redor de 25 a 30 milhões de toneladas.
Por sua vez, a Conab, em seu informativo de maio, indicou que a segunda safra de milho está com 14,1% das lavouras em maturação e 58,9% em enchimento de grãos. Há problemas climáticos no Paraná e Mato Grosso do Sul. Segundo o órgão público, a colheita da safra de verão ainda teria 32% da área para ser colhida no país.
Especificamente no Paraná, o Deral confirma os prejuízos climáticos, apontando que 29% das lavouras da safrinha local estão em condições médias e 14% ruins, sendo que 16% do total estão em maturação. Além do Centro-Oeste, também no Paraná as primeiras lavouras da safrinha iniciaram a colheita neste momento.
E no Mato Grosso, segundo o Imea, a comercialização do milho segunda safra continua atrasada “tanto para a safra passada 2022/23, quanto para o ciclo atual 2023/24 e para a próxima temporada 2024/25”. No final de abril, 97% da safra passada havia sido vendida, mesmo com um aumento de 5,08% no preço médio do produto. Já para o milho da safra 2023/24 havia sido negociado 33,3% do total estimado para a produção, contra 61,9% registrado na média para esta data.
Enfim, as vendas relativas à futura safra atingiam a apenas 1,6% da produção esperada.
E no Mato Grosso do Sul, segundo a Famasul, 59% das lavouras da safrinha estão em boas condições, 19,6% regulares e 21,3% em condições ruins. Com isso, as estimativas de plantio são de 2,2 milhões de hectares, ou seja, 5,8% a menos do que no ano anterior, com uma produtividade média de 86,3 sacos por hectare, isto é, 14,2% abaixo do registrado no ano anterior, e uma produção final de 11,4 milhões de toneladas, o que significa 19,2% abaixo do colhido em 2023.