Boi gordo sobe no físico e cai no futuro
No segmento de reposição, tanto o boi magro quanto o bezerro seguiram valorizados

O mercado físico do boi gordo apresentou valorização na última semana, apesar de movimentos distintos no mercado futuro. Em São Paulo, o Indicador Datagro passou de R$ 306,05/@ para R$ 308,53/@, enquanto o CEPEA avançou de R$ 305,60/@ para R$ 308,90/@. Mato Grosso destacou-se com alta de R$ 301,99/@ para R$ 308,42/@, seguido pelo Pará, que registrou valorização de R$ 286,31/@ para R$ 290,49/@. As escalas de abate mostraram comportamento heterogêneo: alongaram-se em Goiás e São Paulo, enquanto encurtaram em Tocantins e Bahia, refletindo variações regionais na oferta de animais.
Segundo análise da StoneX, os contratos futuros do boi gordo mantiveram movimento de correção negativa, com o vencimento para outubro de 2025 recuando de R$ 328,65/@ para R$ 323,60/@. Apesar disso, o atacado paulista registrou firmeza nos cortes bovinos: o traseiro avançou de R$ 335,25/@ para R$ 351,38/@, e a carcaça casada subiu de R$ 296,25/@ para R$ 311,25/@.
No segmento de reposição, tanto o boi magro quanto o bezerro seguiram valorizados, evidenciando custos de reposição elevados, o que reforça a pressão sobre os preços da cadeia pecuária. Essa combinação de alta no mercado físico e correção nos contratos futuros mostra a complexidade do cenário para pecuaristas, que precisam equilibrar decisões de compra, venda e abate diante das oscilações de preços e escalas regionais. A valorização recente pode refletir restrições de oferta, custos elevados e demanda firme por carne bovina, fatores que seguem influenciando as estratégias de produtores e frigoríficos no Brasil.