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Buva desafia produtores e eleva custos: manejo integrado é chave no controle

Evolução da resistência varia de acordo com o histórico de uso de herbicidas


Foto: Arquivo Agrolink

A buva (Conyza bonariensis), planta daninha presente em praticamente todas as regiões agrícolas do Brasil, segue como uma das principais ameaças à produtividade das lavouras. Altamente adaptável e resistente, a espécie tem elevado os custos de produção, exigindo investimentos crescentes em herbicidas, maquinário e estratégias de manejo integrado.

Segundo pesquisadores, o avanço da resistência da buva aos herbicidas tradicionais, como o glifosato, preocupa agricultores especialmente em áreas de soja, milho e trigo. Em algumas regiões, relatos indicam resistência múltipla a diferentes mecanismos de ação, o que compromete a eficiência do controle químico isolado e pressiona a adoção de medidas complementares.

Evolução da resistência

A evolução da resistência varia de acordo com o histórico de uso de herbicidas em cada região. No Sul do Brasil, por exemplo, a dependência histórica do glifosato acelerou a seleção de biótipos resistentes. Já no Cerrado, embora a resistência seja mais recente, sua disseminação ocorre de forma rápida, impulsionada pela grande área cultivada em sistema de plantio direto e pelo uso repetitivo dos mesmos produtos.

Técnicas de manejo mais eficazes

Entre as estratégias mais eficientes, o manejo integrado se destaca. O uso de herbicidas pré-emergentes, combinado com aplicações pós-emergentes de diferentes mecanismos de ação, tem mostrado resultados consistentes. Além disso, a rotação de culturas e a utilização de coberturas vegetais são apontadas como práticas fundamentais para reduzir o banco de sementes no solo. Em algumas áreas, produtores também relatam maior eficiência ao associar controle químico e mecânico, especialmente em reboleiras mais densas.

Avaliação entre controle químico e mecânico

A escolha entre controle químico e mecânico deve considerar fatores como densidade de infestação, estádio de desenvolvimento da buva, custo de operação e condições climáticas. Enquanto o controle químico é mais viável em áreas extensas e com infestação inicial, o manejo mecânico pode ser uma alternativa para situações pontuais ou em áreas onde a resistência já limita a eficácia dos herbicidas.

Influência do clima no ciclo da buva

O clima exerce papel decisivo no ciclo da buva. Em períodos de inverno mais ameno, com baixa ocorrência de geadas, a planta se estabelece mais facilmente e amplia sua janela de emergência. Já em verões quentes e chuvosos, a germinação tende a ser mais intensa, favorecendo a rápida multiplicação da população. Esse comportamento exige monitoramento constante e ajustes no calendário de manejo.

 

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