MS: produtores de feijão reforçam manejo contra doenças
Área do feijão deve cair por baixa rentabilidade

O plantio da segunda safra de feijão em Mato Grosso do Sul já alcançou pouco mais de um terço da área prevista até o fim de abril, segundo dados do 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado na última quinta-feira (15) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa é de uma leve redução na área total em relação à safra anterior, motivada por fatores de mercado que diminuíram a rentabilidade da cultura em comparação a outras opções de cultivo no mesmo período.
A semeadura tem sido marcada pela irregularidade das chuvas, com precipitações mais concentradas nas regiões sul e leste do estado. Em Bonito, município tradicional na produção de feijão na segunda safra, o plantio foi suspenso. "A ausência de chuvas nessas áreas dificultou a continuidade dos trabalhos de campo", destaca o levantamento.
Já no norte do estado, as condições foram diferentes. O volume elevado de chuvas permitiu o início do florescimento da cultura. No entanto, esse cenário também acendeu um alerta quanto à sanidade das lavouras. “Com o alto índice pluviométrico, os produtores intensificaram o monitoramento das áreas e adotaram manejos preventivos, especialmente contra doenças fúngicas e a larva minadora”, aponta o relatório da Conab.
Na região centro-sul, o feijão apresenta bom desenvolvimento e avança para a fase de florescimento. De acordo com o levantamento, não foram registrados surtos de pragas até o momento. As lavouras já receberam a primeira aplicação preventiva de fungicida, prática comum para garantir maior estabilidade produtiva na fase reprodutiva da cultura.