Mosaico africano da mandioca: virose mais importante da cultura
Conheça mais dessa virose da cultura da mandioca
Mosaico africano da mandioca: virose mais importante da cultura
Autores:
Paulo Ernesto Meissner Filho
Karinna Vieira Chiacchio Velame
O mosaico africano da mandioca é a virose mais importante da cultura, sendo encontrada na África, Índia, Malásia e Ásia. É uma doença limitante à produção da mandioca. As perdas podem comprometer até 95% da produção.
Como esta virose não ocorre no Brasil ela é uma praga quarentenária, todos os cuidados devem ser tomados para evitar a sua introdução no país. O mosaico africano é causado pelo vírus do mosaico africano da mandioca (African cassava mosaic virus, ACMV).
As plantas infectadas apresentam mosaico, deformação foliar e redução no seu tamanho, além de exibirem áreas amarelas intensas separadas por tecido normal.
O ACMV é transmitido pela mosca-branca Bemisia tabaci e disseminado pelo plantio de manivas infectadas.
Os sintomas de mosaico em plantas de mandioca são muito intensos, diferentes do mosaico comum, permitindo a detecção da presença do ACMV pela sintomatologia apresentada.
Os sintomas de plantas indicadoras inoculadas mecanicamente com o ACMV são: fumo (lesões locais cloróticas, enrolamento das folhas e nanismo) e datura (lesões cloróticas e necróticas, faixa das nervuras sistêmica, enrolamento das folhas e distorção).
O vírus também pode ser detectado em laboratório, em exames de amostras no microscópio eletrônico de transmissão, pelo teste de ELISA e por PCR.
Para o do ACMV, recomendam-se medidas de quarentena para os locais nos quais este vírus não ocorre, como o Brasil. Nas regiões nas quais o vírus está presente, deve-se utilizar para o plantio manivas sadias ou obtidas de cultivares com algum nível de resistência ao vírus.