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Repercussões da Sigatoka Negra

Ocorrência da Sigatoka Negra causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis


A produção nacional de banana está direcionada, basicamente, ao abastecimento do mercado interno. Trata-se de uma fruteira que tem espaço garantido na composição da cesta de preferência dos consumidores. Também se reveste de importância social pela fixação do homem no campo e contribuição na renda familiar, além do elevado valor nutritivo. No entanto, a ocorrência da Sigatoka Negra, doença causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, tem causado prejuízos socioeconômicos como a redução da produção. Como exemplo, no Estado do Amapá, nos últimos anos, a quantidade produzida, tem apresentado decréscimo, a saber: 2001 (2.808 ton); 2002 (2.460 ton); 2003 (2.275 ton); 2004 (2.072 ton) e 2005 (2.635 ton). A doença atingiu, sem distinção, os municípios amapaenses. Pelo ângulo agronômico, as cultivares recomendadas são: FHIA 01, FHIA 18, PV 0344, Caipira e Thap Maeo. Em áreas fronteiriças, como o Oiapoque, tem sido incrementadas às ações fiscalizadoras, no que concerne a movimentação de produtos agrícolas.

Em decorrência, tem se intensificado os estudos e pesquisas de geração de novos conhecimentos e tecnologias, por parte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), como um todo. Por sua vez, as Superintendências Federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estão empenhadas na fiscalização do trânsito de frutas e na conservação das áreas consideradas livres da doença.

Tratando-se de comércio internacional, a delimitação de zonas produtoras livres de pragas e doenças é um imperativo para viabilizar às exportações agrícolas, pelo cumprimento dos controles e normas fitossanitárias. O uso de cultivares resistentes, também, tem se mostrado uma estratégia interessante, do ponto de vista ambiental, uma vez que a região amazônica é rica em mananciais e aplicações de fungicidas causam impactos negativos sobre os recursos hídricos. È válido salientar a necessidade de monitoramento das etapas de produção e o atendimento às exigências qualitativas da demanda. Neste sentido, trata-se de uma questão de políticas públicas, no tocante à inserção dos produtores rurais, via acesso às cultivares melhoradas e um assunto de marketing no que se refere aos consumidores pela assimilação de novos sabores.

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