Borneo Max
Geral | ||
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Nome Técnico:
Abamectina; Espirodiclofeno
Registro MAPA:
16125
Empresa Registrante:
Sumitomo Chemical do Brasil Rep. Ltda |
Composição | ||
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Ingrediente Ativo | Concentração | |
Abamectina | 70 g/L | |
Espirodiclofeno | 400 g/L |
Classificação | ||
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Técnica de Aplicação:
Terrestre
Classe Agronômica:
Acaricida, Inseticida
Toxicológica:
4 - Produto Pouco Tóxico
Ambiental:
II - Produto muito perigoso
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Suspensão Concentrada (SC)
Modo de Ação:
Contato, Ingestão |
Indicações de Uso
Café | Calda Terrestre | Dosagem | |
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Brevipalpus phoenicis (Ácaro da leprose) | veja aqui | veja aqui | |
Oligonychus ilicis (Ácaro vermelho) | veja aqui | veja aqui |
Citros | Dosagem | Calda Terrestre | |
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Brevipalpus phoenicis (Ácaro da leprose) | veja aqui | veja aqui | |
Phyllocoptruta oleivora (Ácaro da falsa ferrugem) | veja aqui | veja aqui |
Não informado.
INSTRUÇÕES DE USO:
BORNEO MAX é um acaricida e inseticida de contato e ingestão, não sistêmico, recomendado para o controle das seguintes pragas nas culturas, conforme descritas na bula.
MODO DE APLICAÇÃO:
BORNEO MAX deve ser aplicado nas dosagens recomendadas, diluído em água, para as culturas registradas. Pode ser aplicado por via terrestre, através de pulverizadores tratorizados estacionários ou turbopulverizadores conforme recomendações para cada cultura.
É PROIBIDA A APLICAÇÃO COSTAL E MANUAL (SEMI-ESTACIONÁRIA OU ESTACIONÁRIA), MOTORIZADA OU NÃO.
Utilize sempre tecnologias de aplicação que ofereçam boa cobertura das plantas.
O volume de calda deve ser adequado ao tipo do equipamento aplicador e poderá ser alterado considerando as especificações técnicas do mesmo.
Consulte sempre o Engenheiro Agrônomo responsável e siga as boas práticas para aplicação e as recomendações do fabricante do equipamento.
Preparo da Calda:
Ao preparar a calda, utilize os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) indicados para esse fim no item “Dados Relativos à Proteção à Saúde Humana”. Antes de preparar a calda, verifique se o equipamento de aplicação está limpo, bem conservado, regulado e em condições adequadas para realizar a pulverização sem causar riscos à cultura, ao aplicador e ao meio ambiente. Utilizar água de boa qualidade, livre de material em suspensão, a presença destes pode reduzir a eficácia do produto. Para melhor preparação da calda, deve-se abastecer o pulverizador com água limpa em até 3/4 de sua capacidade. Ligar o agitador, fazer a pré-mistura do adjuvante (óleo vegetal) e BORNEO MAX de acordo com a dose recomendada para a cultura e adicionar no tanque do pulverizador. Manter o agitador ligado, completar o volume de água do pulverizador e aplicar imediatamente na cultura.
EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO:
Antes de qualquer aplicação, verifique se o equipamento está limpo, bem conservado, regulado e em condições adequadas para realizar a pulverização sem causar riscos à cultura, ao aplicador e ao meio ambiente.
O tanque de pulverização, bem como as mangueiras, filtros e bicos devem ser limpos para garantir que nenhum resíduo de produto de pulverização anterior permaneça no pulverizador. Antes de aplicar BORNEO MAX, o pulverizador deve ser limpo de acordo com as instruções do fabricante do último produto utilizado.
Aplicação Terrestre
Equipamento Tratorizado
Equipamento estacionário: utilizar pulverizador tratorizado com pistola com gatilho de abertura e fechamento dotado de ponta de pulverização hidráulica, calibrar o equipamento para que a cada acionamento, do gatilho, a vazão seja constante. Manter velocidade de deslocamento constante modo que não se prejudique a condição da formação das gotas e mantenha o mesmo volume de calda em toda a área tratada. Realizar movimentos uniformes com a pistola de evitando a concentração de calda em um único ponto gerando, assim, escorrimento e desperdício da calda.
Turbo-atomizadores (turbopulverizador): utilizar pulverizador tratorizado montado, semi-montado ou de arrasto, dotado de ponta do tipo cone vazio direcionadas para o alvo de acordo com cada cultura. As pontas superiores e inferiores podem ser desligadas para que não seja feita a pulverização no solo ou acima do topo da cultura, a fim de evitar a perda dessas gotas por deriva. A regulagem do ventilador deve oferecer energia suficiente para que as gotas sejam impulsionadas para o interior do dossel da cultura, conferindo a melhor cobertura no interior da estrutura da planta.
Volume de calda: 600 - 2000 L/ha, ou conforme recomendação agronômica.
Para outros parâmetros referentes à tecnologia de aplicação, seguir as recomendações técnicas indicadas pela pesquisa e/ou assistência técnica da região, sempre sob orientação do Engenheiro Agrônomo.
As recomendações para aplicação poderão ser alteradas à critério do Engenheiro Agrônomo responsável, respeitando sempre a legislação vigente na região da aplicação e a especificação do equipamento e tecnologia de aplicação empregada.
Condições Climáticas/Meteorológicas:
Deve-se observar as condições climáticas ideais para aplicação, tais como indicado abaixo. Os valores apresentados devem ser sempre as médias durante os tiros de aplicação, e não valores instantâneos:
• Temperatura ambiente abaixo de 30°C.
• Umidade relativa do ar acima de 50%.
• Velocidade média do vento entre 3 e 10 km/hora.
Cuidados durante a aplicação:
O sistema de agitação da calda quando aplicável e disponível deverá ser mantido em funcionamento durante toda a aplicação. Fechar a saída da calda (seções de barra) do pulverizador durante as paradas e manobras do equipamento aplicador, de forma a evitar a sobreposição da aplicação.
Gerenciamento de deriva:
Não permita que o produto atinja culturas vizinhas, áreas habitadas, leitos de rios e outras fontes de água, criações e áreas de preservação ambiental. O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização e condições meteorológicas (velocidade do vento, umidade e temperatura). Independentemente do equipamento utilizado, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva, assim, aplicar com o maior tamanho de gota dentro do faixa de espectro recomendada, sem prejudicar a cobertura e eficiência.
Ventos:
O potencial de deriva aumenta com a velocidade do vento inferior a 3 km/h (devido ao potencial de inversão) ou maior que 10 km/h. No entanto, muitos fatores, incluindo o diâmetro de gotas e os tipos de equipamento determinam o potencial de deriva a uma dada velocidade do vento. Não aplicar se houver rajadas de ventos ou em condições sem vento.
Observações: condições locais podem influenciar o padrão do vento. Todo aplicador deve estar familiarizado com os padrões de ventos locais e como eles afetam a deriva. Recomenda-se o uso de anemômetro para medir a velocidade do vento no local da aplicação.
Inversão térmica:
O potencial de deriva é alto durante inversões térmicas, que ocorrem quando a temperatura aumenta com a altitude, reduzindo o movimento vertical do ar. São comuns em noites sem nuvens e vento. Durante uma inversão térmica, pequenas gotas de água formam uma nuvem suspensa perto do solo, movendo-se lateralmente. Elas começam ao pôr do sol e podem durar até a manhã seguinte. A presença de neblina no solo indica uma inversão térmica, mas também é possível identificá-las pelo comportamento da fumaça. Se a fumaça se acumula em camadas e se move lateralmente, há uma inversão térmica. Se a fumaça dispersa rapidamente e sobe, há indicação de bom movimento vertical do ar.
Importância do diâmetro de gota:
A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar o maior diâmetro de gotas possível dentro da faixa de espectro recomendada, para dar uma boa cobertura e controle. Leia as instruções sobre o gerenciamento adequado de deriva, bem como condições de Vento, Temperatura e Umidade e Inversão Térmica.
Controlando o diâmetro de gotas – Técnicas Gerais:
• Volume de calda de pulverização: use pontas de pulverização de vazão maior para aplicar o volume de calda mais alto possível, considerando suas necessidades práticas.
• Pressão: prefira o uso de pressões intermediárias dentro dos limites indicados para cada ponta de pulverização. Quando maiores volumes de calda forem necessários, opte pela substituição por pontas de maior vazão, ao invés de aumentar a pressão. O uso de pressões excessivas na aplicação de produtos fitossanitários eleva o risco de deriva e ocasiona o desgaste prematuro das pontas de pulverização. Consulte o Engenheiro Agrônomo responsável pela aplicação.
Para outros parâmetros referentes à tecnologia de aplicação, seguir as recomendações técnicas indicadas pela pesquisa e/ou assistência técnica da região, sempre sob orientação do Engenheiro Agrônomo.
As recomendações para aplicação poderão ser alteradas à critério do Engenheiro Agrônomo responsável, respeitando sempre a legislação vigente na região da aplicação e a especificação do equipamento e tecnologia de aplicação empregada.
LAVAGEM DO EQUIPAMENTO DE APLICAÇÃO:
Imediatamente após o uso do equipamento, proceda com a sua limpeza. Adote todas as medidas de segurança necessárias durante a limpeza e utilize os equipamentos de proteção individual recomendados para este fim no item “Dados Relativos à Proteção da Saúde Humana”.
Não limpe equipamentos próximo à nascente, fontes de água ou plantas úteis. Descarte os resíduos da limpeza de acordo com a legislação Municipal, Estadual e Federal vigente na região da aplicação.
INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS CULTURAS E ÁREAS TRATADAS:
Café:
- Atividades de irrigação manual: 27 dias com uso de vestimenta simples de trabalho
- Outras atividades: 18 dias
Citros:
- Atividades de colheita manual: 23 dias com uso de vestimenta simples de trabalho
- Outras atividades: 11 dias
LIMITAÇÕES DE USO:
- Uso exclusivamente agrícola.
- Consulte sempre um Engenheiro Agrônomo.
- Utilizar o BORNEO MAX somente para as culturas e recomendações indicadas, respeitando o intervalo de segurança de cada cultura.
- É exigida a manutenção de bordadura de, no mínimo, 5 metros livres de aplicação por turbopulverizador de produtos formulados contendo Abamectina.
- A bordadura terá início no limite externo da plantação em direção ao seu interior e será obrigatória sempre que houver povoações, cidades, vilas, bairros, bem como moradias ou escolas isoladas, a menos de 500 metros do limite externo da plantação.
- É proibido que as atividades de manipulação/abastecimento e aplicação sejam realizadas pelo mesmo indivíduo.
- É obrigatório o uso de turbopulverizador com cabine fechada, vestimenta simples e luvas (fora do trator).
- É obrigatório o uso de tecnologia de redução de deriva de pelo menos 50% para todos os tipos de aplicação tratorizada.
- É proibida a aplicação costal e manual (semi-estacionária ou estacionária), motorizada ou não.
- Fitotoxicidade: desde que seguidas as recomendações de uso, não é esperado fitotoxicidade nas culturas registradas.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.
De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.
Recomenda-se o manejo integrado envolvendo todos os princípios e medidas disponíveis e viáveis de controle. A integração dos métodos de controle cultural, mecânico ou físico, controle biológico e controle químico, juntamente com a adoção das boas práticas agrícolas, visam o melhor equilíbrio do sistema.
Controle físico e mecânico: utilizar barreiras físicas, como valas e coberturas plásticas, para dificultar a locomoção dos insetos para a plantação. Outras técnicas apropriadas incluem o uso de armadilhas plásticas, fitas adesivas, dentre outras.
Controle através de práticas agrícolas: adotar práticas agrícolas tornando o plantio menos favorável às infestações, como incluir a rotação de culturas, seleção de áreas de plantio, plantio de culturas, armadilhas, e ajuste do plantio e colheita na época menos favorável as infestações.
A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornar-se um problema econômico, social e ambiental, ou seja, fracassos no controle da praga podem ser observados devido à resistência.
O inseticida BORNEO MAX pertence aos Grupos 6 e 23 (moduladores alostéricos de canais de cloro mediados pelo glutamato e inibidores da acetil-CoA carboxilase) e o uso repetido deste acaricida e inseticida ou de outro produto do mesmo grupo pode aumentar o risco de desenvolvimento de populações resistentes em algumas culturas.
Para manter a eficácia e longevidade do BORNEO MAX, como uma ferramenta útil de manejo de pragas agrícolas, é necessário seguir as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar ou até mesmo reverter a evolução da resistência:
Adotar as práticas de manejo para inseticidas, tais como:
• Rotacionar produtos com mecanismo de ação distinto dos Grupos 6 e 23. Sempre rotacionar com produtos de mecanismo de ação efetivos para a praga alvo;
• Usar BORNEO MAX ou outro produto do mesmo grupo químico somente dentro de um “intervalo de aplicação” (janelas) de cerca de 30 dias;
• Aplicações sucessivas de BORNEO MAX podem ser feitas desde que o período residual total do “intervalo de aplicações” não exceda o período de uma geração da praga-alvo;
• Seguir as recomendações de bula quanto ao número máximo de aplicações permitidas. No caso específico do BORNEO MAX, o período total de exposição (número de dias) a inseticidas dos grupos químicos da Avermectina e Cetoenol não deve exceder 50% do ciclo da cultura ou 50% do número total de aplicações recomendadas na bula;
• Respeitar o intervalo de aplicação para a reutilização do BORNEO MAX ou outros produtos dos Grupos 6 e 23 quando for necessário;
• Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis das pragas a serem controladas;
• Adotar outras táticas de controle, previstas no Manejo Integrado de Pragas (MIP) como rotação de culturas, controle biológico, controle por comportamento etc., sempre que disponível e apropriado;
• Utilizar as recomendações de modalidade de aplicação de acordo com a bula do produto;
• Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionais para o manejo de resistência e para a orientação técnica na aplicação de inseticidas;
• Informações sobre possíveis casos de resistência em insetos e ácaros devem ser encaminhados para o IRAC-BR (www.irac-br.org), ou para o Ministério da Agricultura e Pecuária (www.agricultura.gov.br).
GRUPO 6 INSETICIDA
GRUPO 23 INSETICIDA
O produto BORNEO MAX é composto por Abamectina e Espirodiclofeno, que apresentam mecanismos de ação de moduladores alostéricos de receptores nicotínicos da acetilcolina (Grupo 6) e de inibidores da acetilcolina carboxilase (Grupo 23), respectivamente, segundo a classificação internacional IRAC (Comitê de Ação à Resistência de Inseticidas).