Buick CI

Geral
Nome Técnico:
Vírus SfMNPV
Registro MAPA:
19920
Empresa Registrante:
Agbitech
Composição
Ingrediente Ativo Concentração
Baculovírus Spodoptera frugiperda multiplenucleopolyhedrovirus (SfMNPV) 404 g/L
Classificação
Técnica de Aplicação:
Terrestre/Aérea
Classe Agronômica:
Inseticida microbiológico
Toxicológica:
4 - Produto Pouco Tóxico
Ambiental:
IV - Produto pouco perigoso ao meio ambiente
Inflamabilidade:
Não inflamável
Corrosividade:
Não corrosivo
Formulação:
Suspensão Concentrada (SC)
Modo de Ação:
Inseticida microbiológico

Indicações de Uso

Todas as culturas com ocorrência do alvo biológico Calda Terrestre Dosagem
Spodoptera frugiperda (Lagarta do cartucho) veja aqui veja aqui

Tipo: Frasco
Material: Polietileno de alta densidade
Capacidade: 0,25 - 5 L

Tipo: Bombona
Material: Polietileno de alta densidade
Capacidade: 10 - 50 L

Tipo: Bulk
Material: Plástico
Capacidade: 113 - 1.000 L.

INSTRUÇÕES DE USO

O produto é um inseticida microbiológico de ingestão recomendado para o controle de Spodoptera frugiperda (Lagarta-do-cartucho), em todas as culturas nas quais ocorra. Mecanismo de Infecção age por ingestão. Após a aplicação do produto sobre as folhas, as lagartas de Spodoptera frugiperda que se alimentam da área tratada ingerem os corpos de oclusão (OBs) de nucleopoliedrovírus (NPV) que estão na superfície das folhas tratadas. A condição alcalina do trato digestivo da lagarta causa a dissolução da cobertura protéica dentro da qual se encontram as partículas virais, iniciando o processo infectivo. As partículas virais penetram no núcleo das células intestinais e se utilizam do metabolismo do inseto para se replicar. O vírus replicado se propaga de uma célula para a outra no interior do inseto, sendo transportado via hemolinfa, para invadir praticamente todos os tecidos. A replicação do vírus causa ruptura celular, resultando na morte do hospedeiro. Após a morte, as lagartas se liquefazem, espalhando um líquido contendo o vírus, que ao ser ingerido por outras lagartas, causa um novo ciclo de infecção.

NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÃO

Momento de Aplicação

O vírus é mais eficaz em lagartas de tamanho entre 1-4 mm. Assim sendo, a aplicação deve ser realizada no início da infestação da praga e tão logo forem observadas lagartas de primeiro e segundo ínstar (muito pequenas a pequenas, segundo o esquema abaixo). Deve ser feito um monitoramento frequente e cuidadoso da lavoura, haja visto que acertar o momento de aplicação é fundamental para obter os melhores resultados.
Recomenda-se uma única aplicação, entretanto uma segunda aplicação pode ser necessária caso as condições forem desfavoráveis para o desenvovimento do Baculovirus (vide Limitações de Uso). Recomenda-se o uso sempre como um componente em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP). Não se recomenda o seu uso em aplicações curativas e com lagartas maiores que 8 mm. Opções alternativas de controle devem ser consideradas em condições de súbita e alta pressão da praga, quando é necessário um efeito mais rápido para evitar danos expressivos ao cultivo.

Condições de Aplicação

A primeira hora após a aplicação é muito importante pois é nesse período que se dá a maior parte da contaminação inicial das lagartas. Em condições propícias, as lagartas infectadas representam o inóculo e amplificam o vírus. Após a sua morte, estas lagartas liberam grande quantidade de partículas virais no ambiente, podendo infecções secundárias prover supressão prolongada da população da praga, em função da auto-replicação viral a campo. A faixa de temperatura ideal para ação é de 18 a 35°C. Chuvas mais leves e orvalho após a aplicação favorecem a multiplicação e dispersão do vírus.

MODO DE APLICAÇÃO

É indicado para uso em aplicações foliares tanto terrestres quanto aéreas. Os parâmetros de aplicação (bicos, largura e altura de barra, pressão, velocidade, etc.) devem ser definidos de forma a garantir a melhor cobertura possível das partes das plantas a serem protegidas.

Preparo da Calda

Agitar bem a embalagem antes de usar. O equipamento usado na aplicação deve estar limpo e sem qualquer resíduo prévio de outros defensivos. O abastecimento do pulverizador deve ser feito enchendo o tanque até à metade da sua capacidade com água, adicionar o produto, e por fim, completar o volume com água. Agitação constante deve ser mantida durante todo o processo de preparo da calda e durante a sua aplicação. Deve-se preparar somente a quantidade de calda necessária para completar um tanque de pulverização, procedendo à aplicação o mais rápido possível após o preparo da calda. O vírus pode se tornar inativo se a calda for deixada no pulverizador por tempo prolongado (> 10 horas). Cuidado deve ser tomado com o pH da calda, pois pH > 8 danifica o vírus, reduzindo a eficiência. Se o pH da calda estiver > 8, é necessário ajustar o pH, usando acidificadores registrados para esta finalidade.

Aplicação Terrestre

Pulverizador Costal e de Barra Tratorizado

Utilizar volume de calda entre 100 a 2000 litros/ha, de acordo com a prática adotada para a cultura, com pontas/bicos que proporcionem boa cobertura e minimizem as perdas por deriva. Recomenda-se a utilização de pontas do tipo leque (série 80 ou 110), com pressão de 30 a 60 lb/pol², ou do tipo cônico (X2, X3, D2-23, D2-25, ou equivalente), com pressão de 60 a 90 lb/pol².

Aplicação Aérea

Volume de calda: mínimo de 30 litros/ha.
Recomenda-se a adição de óleo mineral na concentração de 3 litros/ha.

Recomenda-se fazer as pulverizações nas seguintes condições

- Umidade relativa do ar acima de 55%
- Velocidade do vento entre 3 e 10 km/h
- Temperatura abaixo de 30°C
- Diâmetro de gotas: 250 a 300 µm.

Use bico apropriado para obter uma boa cobertura das plantas e evitar derivas. A aplicação poderá ser com avião acoplado de barra aplicadora, com pressão de 25 lb/pol², com bicos cônicos, com pontas D6 a D12 e providos de caracóis e placas com orifícios, em ângulo de 90º. A altura do voo deve ser de 2 a 3m, com faixa de deposição de 12 a 15m.

- Diâmetro de gotas: Use bico apropriado para obter uma boa cobertura das plantas e evitar derivas.

NOTA

Este tipo de aplicação é particularmente vulnerável à evaporação das gotas, principalmente em condições de temperatura acima de 35ºC e umidade relativa abaixo de 40%. A perda por evaporação das gotas prejudica a cobertura e pode diminuir muito a quantidade de produto que efetivamente atinge as plantas, diminuindo a eficiência. Em aplicações aéreas de calda misturada em óleo (ultra-baixo volume), recomenda-se um volume mínimo de 3 litros/ha. Neste tipo de aplicação onde o produto e diluído em óleo, não se deve misturar com outros pesticidas pois a forma não diluída destes produtos pode danificar o vírus e tornar o produto inativo.

Aplicação por Sistemas de Irrigação

Pode ser aplicado através de sistemas de irrigação por aspersão. Como nas outras formas de aplicação, deve-se assegurar que a água esteja limpa e que o pH esteja abaixo de 8. Manter a calda em constante agitação. Injetar a dose adequada, de modo contínuo e homogêneo ao longo do ciclo da irrigação, de forma a obter a maior concentração e retenção do produto sobre as folhas. Para melhores resultados, a lâmina de água deve ser igual ou inferior a 10 mm.

Intervalo de re-entrada de pessoas nas culturas e áreas tratadas

Recomenda-se aguardar até a secagem completa da calda (mínimo de 2 horas), antes da re-entrada na área tratada, evitando-se sempre que possível, que pessoas alheias ao tratamento com a cultura e animais domésticos circulem pela área tratada. Caso haja necessidade de entrar na área tratada antes da secagem total da calda aplicada, utilizar os EPI’s indicados para uso durante a aplicação no item “DADOS RELATIVOS À PROTEÇÃO DA SAÚDE HUMANA”.

Limitações de Uso

Evitar aplicar nas seguintes condições

- Em situações curativa com alta infestação e lagartas maiores que 8 mm;
- Quando se antecipa chuva intensa (> 20 mm/hora) até 1 hora após a aplicação;
- Com temperaturas abaixo de 18°C ou acima de 35°C;
- Com pH de calda acima de 8;
- Em aplicações via solo;
- Umidade relativa abaixo de 40%.

Fitotoxicidade

O produto não causa fitotoxicidade segundo as recomendações de uso indicadas na bula.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pela Saúde Humana – ANVISA/MS.

De acordo com as recomendações aprovadas pelo órgão responsável pelo Meio Ambiente – IBAMA/MMA.

Sempre que houver disponibilidade de informações sobre programas de Manejo Integrado, provenientes da pesquisa pública ou privada, recomenda-se que estes programas sejam implementados.

O nucleopoliedrovírus SfMNPV é formado por uma fita dupla circular de DNA com alta especificidade para infectar lagartas de Spodoptera frugiperda. Cada nucleopoliedrovírus SfMNPV é composto por múltiplos capsídeos oclusos num envelope protéico.
Dentro do trato digestivo das lagartas, o envelope protéico é dissolvido, as partículas virais são liberadas e atravessam a membrana peritrófica, ligando-se a receptores específicos na membrana das células colunares do intestino médio do hospedeiro. Um grupo de 8 proteínas codificadas por Baculovírus NPVs específicos (PIFS, per osinfectivityfactors) formam um complexo de entrada macromolecular na superfície das partículas virais, iniciando a infeção primária no intestino médio. Estas proteínas são fundamentais em determinar a especificidade do vírus Após a fusão, as células epiteliais do hospedeiro começam a produzir partículas virais que infectam outros tecidos via contato célula-a-célula e através da hemolinfa, levando à ruptura dos tecidos e morte do inseto.
Não são relatados casos de resistência de Spodoptera frugiperda ao vírus SfMNPV e o risco de desenvolvimento de resistência é consideradorelativamente baixo devido ao seu complexo modo de ação. No entanto, boas práticas de manejo de resistência devem ser sempre seguidas para manter a eficácia e longevidade como uma ferramenta útil de manejo de Spodoptera frugiperda.
As aplicações devem ser sempre direcionadas à fase mais susceptível da praga alvo, ou seja, lagartas menores que 8 mm. Deve ser usado como parte deuma estratégia de manejo de resistência de pragas que incluem a rotação de produtos eficientes e com diferentes modos de ação. Para obtenção de mais informações sobre o manejo de resistência de pragas a inseticidas, visite o site do IRAC, no endereço www.irac-online.org.br. Sempre que disponíveis e eficazes, devem-se integrar múltiplos métodos de controle de S. frugiperda (ex.: químico, biológico, cultural) dentro de programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP).

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