Colheita de soja está atrasada

De acordo com informações da T&F Consultoria Agroeconômica, as chuvas que caem sobre a Região Centro-Oeste e sobre o estado do Paraná estão atrasando a colheita da soja e vão prejudicar também a logística como um todo. A colheita da oleaginosa chegou a apenas 0,8% do total, ante 2,2% do ano passado e 1,2% da média dos últimos 5 anos. 

O estado mais avançado é o MT, com 2,8%, contra 7,5% do ano passado e 3,9% da média de 5 anos. No Paraná, soja no Oeste tem dificuldade de colheita devido ao excesso de chuva, “mas nada ainda que possa ser mensurado com precisão em relação a perdas. Já na região Norte, mais tardia, na faixa que vai de Maringá a Londrina as lavouras estão sofrendo com abortamento de vagens e algumas manchas de ferrugem, também devido a solo encharcado, excesso de chuva, que dificulta aplicação de fungicida”, aponta a T&F.

“Outro fenômeno sazonal típico é o aumento dos fretes que, neste ano, terá dois componentes. O primeiro é o aumento natural da demanda e o segundo é a elevação dos preços dos combustíveis. Por isso, algumas indústrias estão antecipando compras para aproveitar o frete ainda relativamente barato. Esta situação de relativa calma deverá mudar a partir de fevereiro quando a colheita se intensificar nos estados do PR para cima”, explica o analista Luiz Fernando Pacheco.

De acordo com mapas climáticos analisados pela Consultoria AgResource, a concentração das chuvas está situada sobre a Região Sul do Brasil e o Norte da Argentina: “Os variados modelos climáticos estão em comum acordo, o que aumenta a credibilidade em tais leituras. Índices pluviométricos intensos acima dos 25 mm acumulados em 5 dias voltam a cobrir as principais regiões brasileiras, na última semana de janeiro”.