A Venezuela está preparada para reduzir a produção de petróleo seguindo uma possível decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) durante a próxima reunião de 11 de junho. "Tudo depende das decisões da Opep... mas, como se sabe, a Venezuela é um dos países que lideraram a política para garantir o cumprimento dos acordos da Opep", afirmou na segunda-feira o presidente da estatal Petroleos de Venezuela (PDVSA), Ali Rodriguez.
"Se a Opep decidir tomar a decisão sobre o assunto, claro que a Venezuela vai cumprir estritamente com a orientação", acrescentou. A volta do Iraque, um de seus membros-fundadores, ao cartel contribuirá para a decisão sobre as cotas, afirmou o vice-ministro de hidrocarboneto, Luis Vierma, à agência de notícias estatal Venpres.
O Iraque havia sido excluído da organização após as sanções comerciais da ONU devido à invasão ao Kuweit, em 1990. No final da semana passada, a ONU suspendeu as sanções contra o país.
Muitos países-membros aumentaram a produção no começo deste ano para manter os mercados abastecidos durante a guerra liderada pelos EUA contra o Iraque para derrubar Saddam Hussein. Em abril, o cartel concordou em reduzir a produção para manter os preços do petróleo, mas novas cotas entrariam em cena a partir de junho.
As novas cotas permitem que os membros, excluindo o Iraque, produzam 25,4 milhões de barris por dia. Na semana passada, Rodriguez afirmou em entrevista à Reuters que a Venezuela poderia reduzir a produção em junho. O país tem operado acima de sua cota para compensar a paralisação durante dezembro e janeiro, por causa de uma greve.