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Sinditrigo (RS) afirma que moinhos argentinos vêm prejudicando indústria e produtores brasileiros


O Sindicato da Indústria de Trigo do Rio Grande do Sul (Sinditrigo) acusa alguns moinhos da Argentina de acrescentar ingredientes à farinha de trigo para comercializar o produto ao Brasil com maior valor agregado. Segundo o consultor do Sinditrigo, Reinaldo Coser, o país platino cobra uma taxa para que os moinhos locais importem o cereal ao mercado externo. Essa alíquota é de 20% para trigo e farinha, e de apenas 5% para a pré-mistura.

“A Argentina vem acrescentando qualquer coisa na farinha para conseguir este desconto de 15% sobre a exportação. Essa atitude é legal, mas prejudica os produtores e os moinhos do Rio Grande do Sul”, desabafa Coser. Segundo ele, essa prática cria um patamar de preço baixo, o que prejudica toda a cadeia. Hoje o produto argentino chega ao Brasil cotado a US$ 190 a tonelada, 15% abaixo do preço médio praticado pelo Brasil. A adição vem sendo processada desde meados do ano passado e crescendo gradativamente. A Argentina já chegou a incluir farinha de mandioca e 0,1% de sal para fugir da taxa de 20%.

Em razão disso, o sindicato solicita ao Ministério da Agricultura e à embaixada brasileira na Argentina para que entrem em contato com o governo platino com o objetivo de mudar essa situação. “Até mesmo o governo argentino vem sendo prejudicado com essa medida porque arrecada menos impostos quando os moinhos locais exportam”, afirma Coser. A proposta do Sinditrigo é equalizar as alíquotas para evitar essa prática. O sindicato já comunicou sobre a questão ao Ministério, que ainda não se manifestou. “O Sinditrigo vem pleiteando uma ação política do governo brasileiro para que convença a Argentina a mudar a legislação”, enfatiza o consultor.

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