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Abef revê para baixo as exportações de frango


A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef) revisou para baixo sua previsão para embarques de aves neste ano. A entidade prevê que as exportações, que foram de 1,6 milhão de toneladas em 2002, cresçam entre 3% e 5% neste ano; a projeção anterior falava em aumento de 8% a 10%. "A redução das compras da Europa e Ásia e, principalmente, a imposição de cotas pela Rússia, são os principais motivos para essa revisão de expectativas", diz Julio Cardoso, presidente da entidade.

A Rússia impôs ao Brasil cota de importação de 33,3 mil toneladas de carne de frango neste ano, volume nove vezes menor que o embarcado no ano passado, de 300 mil toneladas. O governo russo poderá revisar a cota, o que deverá ocorrer somente no segundo semestre. A Rússia responde por cerca de 15% das vendas externas brasileiras.

O aperto dos exportadores só não será maior porque a expectativa é de que o aumento das receitas compense a queda dos volumes. Foi mantida a previsão de crescimento das receitas neste ano, que deverão aumentar entre 10% e 12%, para perto de US$ 1,5 bilhão. "Os preços estão se recuperando no mercado internacional, mas devem aumentar mais ao longo do ano", acredita Cardoso. O preço médio de maio, de US$ 880 a tonelada, já é quase 16% superior ao apurado em janeiro. Entre janeiro e maio, as exportações cresceram 46,5% em volume e 28,4% em receita, na comparação com 2002.

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