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Produtores familiares aguardam especificação de recursos


Depois de anunciar R$ 27,15 bilhões destinados ao agronegócio nacional na safra 2003/2004, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve falar, nos próximos dias, aos agricultores familiares do País. Mesmo tendo o conhecimento que terão à disposição o montante de R$ 5,4 bilhões para a próxima safra, os pequenos produtores estão ansiosos para saber as especificações do pacote do governo, que promete desde a campanha eleitoral prioridade à produção de alimentos. "Esperávamos que o anúncio para os pequenos fosse feito antes esse ano", afirma o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Ezídio Pinheiro. Segundo ele, muitos produtores estão aguardando as condições para a alocação dos financiamentos. No ano passado, recorda o dirigente, houve uma espera de mais de 30 dias para o anúncio dos recursos após a divulgação do Plano de Safra.

Uma importante mudança em relação a 2002, ressalta Pinheiro, será a efetiva liberação das verbas sem entraves burocráticos. "Do total de R$ 4,2 bilhões anunciados no ano passado, apenas R$ 2,4 bilhões chegaram às mãos do produtor", salienta. De acordo com ele, os R$ 5 mil de limite por família para investimento, ficaram, na realidade, em R$ 1,5 mil. As verbas para custeio, previstas em R$ 1,5 mil, atingiram a média de R$ 700,00 por família.

A Fetag deve concluir hoje um estudo que avaliará a relação entre a correção dos valores colocados à disposição dos produtores e o aumento real dos custos de produção. "Sabemos que os nossos custos subiram muito, mas também temos consciência que o volume ofertado está dentro das limitações do governo," constata Pinheiro.

O presidente Lula já adiantou que os recursos devem estar disponíveis nos bancos a partir do início do mês de julho. Segundo ele, será estimulada a criação de cooperativas de crédito para facilitar a tomada das verbas. O objetivo é ampliar em 40% o número de contratos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), de 1 milhão para 1,4 milhão, beneficiando cerca de 1,8 milhão de famílias. O governo também quer manter os juros na média anual de 4%.

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