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A Basf brasileira será base mundial para a exportação de defensivo



A Basf quer transformar o Brasil no maior centro de produção agrícola do grupo no mundo. O primeiro passo foi dado ontem com a inauguração da unidade que fabricará o princípio ativo "boscalid", utilizado na formulação de defensivos agrícolas de última geração, destinados principalmente ao controle de culturas de hortifrutigranjeiros. A empresa investiu US$ 35 milhões na nova unidade, que terá 90% da sua produção voltada para o abastecimento do mercado global.

A nova unidade de síntese do "boscalid" e de outros fungicidas, de acordo com a empresa, amplia a participação do Brasil na rede mundial de produção de defensivos agrícolas da Basf e aumenta o escopo e a flexibilidade do novo centro de produção do grupo.

"O novo centro atenderá a demanda de 17 países na América do Sul, além da América do Norte, União Européia e Ásia", informou o vice-presidente de Produtos para Agricultura para a América Latina, Markus Heldt.

O objetivo da empresa é tornar-se líder mundial no setor do agronegócio, onde já investiu mais de US$ 7 bilhões nos últimos oito anos. Entre as ações mais recentes do grupo nessa direção inclui-se a compra da American Home Product (Cyanamid), em 2000, e a aquisição do pacote Fipronil da Bayer CropScience. O "boscalid", segundo o presidente da Basf para a América do Sul, Rolf-Dieter Acker, é o quarto produto desenvolvido pelos laboratórios da Basf na Europa para atender o mercado mundial a partir do Brasil.

A instalação de bases de produção no Brasil, segundo Acker, também reflete a estratégia do grupo de reforçar a sua presença do maior mercado da América do Sul. "O Brasil já é o terceiro maior mercado do mundo para a Basf e seu potencial de crescimento é impulsionado pelas fronteiras agrícolas do cerrado, onde há alta produtividade em decorrência dos insumos modernos e do clima favorável da região", ressaltou o diretor Maurício Marques, da Divisão Agro no Brasil.

O "boscalid", que já é aplicado em mais de 100 culturas no combate de 80 doenças que afetam a produtividade das lavouras em todo o mundo, será comercializado no Brasil a partir do segundo semestre deste ano. A eficácia da nova formulação de defensivos agrícolas da Basf foi testada por quase sete anos em uma fazenda experimental do grupo no município de Santo Antônio da Posse, na região de Campinas (SP).

"O produto passou por uma fase de adaptação às condições locais e surpreendeu as nossas expectativas pelo amplo espectro de ações no controle de doenças fúngicas e a possibilidade de uso em diversos cultivos", disse Marques. A empresa, segundo ele, destina uma média de € 200 milhões por ano para a pesquisa e o desenvolvimento de um novo produto.

O setor de defensivos agrícolas tornou-se o carro chefe das atividades da Basf no complexo químico de Guaratinguetá, que nesse segmento também possui uma unidade de formulação de fungicida e outra de inseticidas de alta tecnologia. Segundo Marques, a fábrica de Guaratinguetá servirá de plataforma global para outros projetos envolvendo a produção de novos fungicidas nos próximos anos.

A decisão de concentrar a produção de fungicidas em Guaratinguetá, segundo o diretor do complexo, Odilon Ern, foi motivada principalmente pela infra-estrutura já existente para a produção de químicos. "Além de minimizar os investimentos iniciais do projeto com as instalações disponíveis, o complexo da Basf em Guaratinguetá oferece como vantagem adicional a operação de um ramal ferroviário.

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