A produção industrial brasileira recuou no mês de abril em nove das doze regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com abril de 2002, as reduções mais significativas foram observadas em Santa Catarina (-10,0%), Pernambuco (-7,7%), Minas Gerais (-6,6%), Ceará (-5,5%) e São Paulo (-5,3%). Também apresentaram recuo na produção, mas abaixo da média nacional (-4,2%), a região Sul (-3,5%), Paraná (-2,5%), Nordeste (-1,9%) e Rio de Janeiro (-0,2%).
Apenas Espírito Santo (17,6%), Bahia (6,5%) e Rio Grande do Sul (0,9%) elevaram a produção neste tipo de comparação. O IBGE justifica os resultados fortemente negativos com o menor número de dias úteis em abil deste ano. No mesmo mês de 2002, houve dois dias úteis a mais. No entanto, o quadro de juros altos, desemprego recorde e queda na renda do trabalhador também constribuíram para diminuir o consumo e, como consequência, para a redução da produção industrial.
No indicador acumulado no ano, a indústria do Espírito Santo, com expansão de 21,8%, continua na liderança do desempenho regional, impulsionada pelos aumentos registrados nos setores extrativo mineral (56%) e de papel e papelão (53,8%). Em seguida, vêm as indústrias do Paraná (3,9%) e do Rio Grande do Sul (3,1%), fortemente influenciadas pelo desempenho favorável do setor mecânico, com destaque para o aumento na produção de máquinas e equipamentos agrícolas.
No Rio de Janeiro, o crescimento de 2,7% se apóia na indústria extrativa mineral, que cresce 3,9%. Também apresentaram resultados positivos: região Sul (1,6%), Bahia (0,5%) e São Paulo (0,5%). As indústrias de Minas Gerais (-3,1%) e de Santa Catarina (-2,9%) revelam as maiores quedas. Na primeira, destacam-se produtos alimentares (-19,6%), e material de transporte (-18,9%), e, na segunda, três setores: vestuário (-24,3%), têxtil (-18,4%) e matérias plásticas (22,5%).