As importações de soja da China no ano-safra que se encerra em 30 de setembro poderá aumentar 78% para atender ao crescimento da demanda das companhias que esmagam grãos para produzir óleo de cozinha e ração animal.
A China poderá importar 18,5 milhões de toneladas de soja este ano. Em 2002, adquiriu 10,4 milhões de toneladas no exterior. O objetivo é atender à demanda por esmagamento, que deve crescer 28%, segundo o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos, uma afiliada da Administração Estatal de Grãos. As importações de soja para o ano civil de 2003 pode aumentar 68%, totalizando 19 milhões de toneladas.
O governo da China quer reduzir as importações de subprodutos de soja processados, mais caros, ao incentivar as esmagadoras domésticas a comprar e esmagar mais grãos. Em 2002, o país liberou as tarifas das ferrovias que incidiam sobre a soja para torná-la mais barata para as esmagadoras, a maior parte localizada nas regiões sul e costeira do país.
Processadores de soja como Cofco International e Archer Daniels Midland-ADM estão construindo fábricas de processamento de soja, para atender à crescente demanda do país por ração animal à medida que os consumidores comem mais carne. A capacidade de esmagamento de soja pela China poderá aumentar 27%, neste ano, para 57 milhões de toneladas.
A produção de farelo de soja da China vai crescer 27% no atual ano comercial, para 20 milhões de toneladas, enquanto as exportações do produto podem avançar 4,8%, para atingir 1,1 milhão de toneladas, segundo o relatório. A produção de óleo de soja pode crescer 30% no período, para 4,3 milhões de toneladas.