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BNDES libera crédito de R$ 56,4 milhões para a Coopersucar


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou ontem financiamento no valor de R$ 56,4 milhões para a Cooperativa de Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Coopersucar). Os recursos serão destinados a obras de ampliação do terminal açucareiro do porto de Santos (SP), entre elas a conclusão da segunda etapa do projeto de modernização do terminal exportador de açúcar, que envolve investimentos totais de R$ 79 milhões. A primeira etapa do projeto, já concluída, também contou com créditos do banco estatal de fomento, no valor de R$ 25 milhões, destinados à construção de silos para o armazenamento de açúcar ensacado.

A etapa atual envolve a demolição de dois antigos armazéns e a construção de dois novos silos, com capacidade de armazenamento de açúcar a granel de 80 mil toneladas e 109 mil toneladas, respectivamente. Além disso, será feito o aprofundamento do berço de atracação, passando de 11,4 metros para 12,7 metros, permitindo que navios de maior calado possam acessar o terminal da companhia. Os investimentos permitirão o embarque de maior volume de carga, com redução nos custos e no tempo das operações.

"Com as novas obras, o volume de recepção de açúcar será ampliado de 5 mil para 15 mil toneladas por dia e a capacidade de embarque atingirá até 3,5 milhões de toneladas por ano, equivalente e 6% do volume total de açúcar comercializado no mundo", ressalta o gerente da área de infra-estrutura do BNDES, Fernando Vivácqua Miranda de Carvalho. Ele lembra que, apesar do protecionismo internacional, o Brasil, altamente competitivo, detém 30% do mercado mundial de açúcar. O financiamento aprovado pelo BNDES é baseado na TJLP e cesta de moedas, com carência de 30 meses e amortização em 66 meses.

A Copersucar é a maior empresa exportadora de açúcar do mundo, com vendas externas que superam 1,6 milhão de toneladas. Na última safra ela foi responsável por aproximadamente 14% do açúcar exportado pelo Brasil e, atualmente, detém 23% do mercado interno de açúcar e álcool.

Mercado externo

O incentivo às exportações é uma das prioridades da nova diretoria do BNDES, que busca o crescimento dos saldos comerciais como forma de diminuir a vulnerabilidade externa do País. Nos primeiros cinco meses deste ano, as exportações brasileiras de açúcar atingiram US$ 525 milhões, sendo US$ 338 milhões de açúcar bruto e US$ 182 milhões de açúcar refinado. O resultado deste ano é 7,86% maior que os US$ 480 milhões obtidos em igual período do ano anterior. O aumento deve-se, principalmente, aos maiores volumes embarcados de açúcar bruto, que subiram 10,3% na comparação com janeiro/maio de 2002, segundo dados da Secretaria de comércio Exterior (Secex).

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