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Conab destaca que safra 2002/03 de grãos vai atingir 120,2 milhões de toneladas


A estimativa de produção para a safra 2002/03 de grãos é bater recorde com um total de 120,2 milhões de toneladas. O relatório foi divulgado nesta quinta-feira (10-07) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sendo o quinto desta temporada. Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Rodrigues, este número representa um acréscimo de 24,2% em comparação ao período 2001/02, que apresentou uma colheita total de 96,73 milhões de toneladas. A projeção de área plantada também deve crescer. A Conab prevê 43,43 milhões de hectares, 8% (3,2 milhões de hectares) superior à safra passada, quando as lavouras ocuparam 40,22 milhões de hectares.

Três culturas estão sendo responsáveis pelo incremento: soja, milho e trigo. A produção de milho safrinha deve mostrar ganho de 79,1% em comparação com a colheita anterior, o que representa uma produção de 11,07 milhões de toneladas. Em 2001/02, a safrinha apresentou produção de 6,18 milhões de toneladas. No total, a safra de milho (1ª e 2ª safras) atingirá o recorde 45,81 milhões de toneladas, 29,8% superior (10,5 milhões de toneladas) às 35,28 milhões de toneladas de 2001/02. Para a soja, o recorde deverá ser de 52,51 milhões de toneladas, alta de 24,6% sobre a temporada passada, quando totalizou 41,92 milhões de toneladas. E a previsão para o trigo é de uma produção em torno de 4,5 milhões de toneladas, alta de 56,1% em relação às 2,9 milhões de toneladas de 2001/02.

Rodrigues enfatizou que a safra recorde não pode representar perdas ao produtor. Com o objetivo de evitar este problema, o ministro afirmou que o governo está atento a esta questão e tomará as medidas necessárias para evitar que os produtores sejam prejudicados no momento da comercialização. Também ressaltou que a paz no campo é fundamental aos agricultores continuarem investindo na atividade rural. O ministro salientou ainda que a safra recorde é resultado da profissionalização e da capitalização dos agricultores brasileiros. Isso significa maior emprego de tecnologia no campo com “sementes melhoradas, fertilizantes de ponta, análise e correção de solo, plantio direto e máquinas de última geração”, complementa.

As condições climáticas, de modo geral, foram favoráveis à maioria das lavouras nas principais regiões produtoras do país, lembrou Rodrigues. Segundo ele, a colheita de verão está praticamente concluída. “Resta apenas terminar a colheita de algodão, do milho safrinha e das lavouras do Nordeste”, confirma. O levantamento realizado pela Conab em 493 municípios das principais regiões produtores do país, entre 22 e 28 de junho, apontou ainda um crescimento de 7,6% na produção de feijão (1ª e 2ª safras), alta de 10,7% para o algodão e queda na produção de arroz, passando de 10,63 milhões de toneladas em 2001/02 para 10,44 milhões. A Conab apresentou também outros dois dados que demonstram a força da agricultura brasileira. Entre 90/91 a 02/03, a área plantada no Brasil cresceu 14,8%, ou 1,2% ao ano. “No mesmo período, a produção aumentou 107,6%, ou 6,3% ao ano. Isso comprova a alta rentabilidade da atividade agrícola no país,” conclui.

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