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Aftosa no Paraguai pode colocar em risco todo rebanho gaúcho



O deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS) alertou, nesta segunda-feira (14), os secretários da Agricultura, Odacir Klein e da Fazenda Paulo Michelucci Rodrigues, sobre o grande risco que a pecuária do Rio Grande do Sul está correndo, devido aos focos de febre aftosa detectados no Paraguai, na fronteira com a Argentina e a Bolívia.

Heinze disse que o perigo é eminente, uma vez que o Rio Grande do Sul importa muita carne dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo ele, boa parte dessa carne, proveniente desses estados, é contrabandeada do Paraguai. "O preço do boi tem uma diferença de R$ 250,00, o que comprova esse contrabando", denuncia.

Para o deputado, além da questão tributária que tem prejudicado os produtores gaúchos, a carne proveniente desses estados poderá colocar em risco a sanidade de todo o rebanho do Rio Grande do Sul. O parlamentar solicitou aos secretários um controle rigoroso de toda a carne que entra no Estado. "Não podemos colocar, novamente, o rebanho do Rio Grande do Sul em risco", afirmou.

Segundo o deputado Heinze a própria Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul, teria afirmado a descoberta de um esquema batizado de "lavagem de boi" para justificar a entrada de animais paraguaios naquele estado. Ele disse ainda, que a agência teria detectado que algumas propriedades rurais mostravam uma quantidade de animais muito superior ao número real de animais no pasto.

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