Quase duas toneladas de agrotóxicos ilegais apreendidos e R$ 1 milhão em multas aplicadas. Este é o balanço do primeiro ano da campanha que o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) e a Associação Nacional dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas (Andav) deflagraram contra a falsificação, roubo e contrabando de agrotóxicos. O alvo são sete Estados brasileiros (Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais), que concentram a maior parte da produção agrícola do País, e fazem parte de uma verdadeira rota do contrabando.
O Sindag estima que o prejuízo anual do País com a comercialização de agrotóxicos pirateados e contrabandeados chegue a US$ 20 milhões. A campanha das entidades ajudou a intensificar a fiscalização sobre o contrabando e a falsificação dos produtos. Foi criado um disque-denúncia (0800-940-7030), que recebeu mais de mil ligações, com as denúncias encaminhadas para investigação das polícias Civil e Federal.
O resultado foram ações policiais em cerca de 40 municípios brasileiros, com centenas de depoimentos colhidos e dezenas de inquéritos em andamento. As multas foram aplicadas pelo Ibama a produtores rurais das região do Cerrado, Paraná e Rio Grande do Sul, que compravam produtos contrabandeados. “Estão ocorrendo várias apreensões de agrotóxicos ilegais em fazendas desses Estados”, lembrou Leandro de Freitas, assessor do Sindag.