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Exportação nordestina cresce 47% no primeiro semestre


O Nordeste registrou crescimento de 47% no faturamento das exportações do primeiro semestre de 2003 sobre igual período do ano passado - de US$ 1,9 bilhão para US$ 2,8 bilhões. Responsável por 8,6% das exportações nacionais, o Nordeste fecha o semestre com saldo positivo de US$ 742 milhões na balança comercial, invertendo o desempenho negativo do primeiro semestre de 2002, quando houve déficit de US$ 285 milhões. Com exceção de Sergipe, que teve recuo de 3,13%, os demais estados registraram avanços. Oitavo maior exportador nacional, com 4,7% de participação, a Bahia voltou a puxar o crescimento regional, com aumento de 69,48% nas vendas externas - o faturamento saltou de US$ 915 milhões no primeiro semestre de 2002 para US$ 1,5 bilhão este ano.

A retomada das vendas para a Argentina, com o dobro do volume do primeiro semestre do ano passado, provocou incremento de 127,5 milhões nas exportações regionais. O país voltou a ocupar a segunda posição como destino dos embarques nordestinos, atrás dos Estados Unidos. No Ceará, as vendas para a Argentina cresceram oito vezes, saltando de US$ 2,2 milhões para 20,1 milhões, motivadas principalmente pelos setores coureiro-calçadista e têxtil.

No Ceará, as exportações cresceram 37,16% e o setor coureiro-calçadista continua liderando os embarques - com 33,9% das vendas, que somaram US$ 341,8 milhões de janeiro a junho de 2003. O superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Eduardo Bezerra Neto, diz que o desempenho do comércio exterior no estado está superando as expectativas.

"Nossa projeção para este ano era ampliar as exportações em 20%, mas os indicadores demonstram que o desempenho deve ficar bem acima do esperado", diz Bezerra. "Principalmente se levarmos em conta que o segundo semestre é mais aquecido.". Ele destaca que nos últimos dois meses o Ceará superou os US$ 60 milhões em vendas externas e já desbancou o Maranhão da posição de segundo exportador do Nordeste e 13º do Brasil. O bom desempenho é resultado da diversificação da pauta, que passou de 333 produtos no primeiro semestre de 2002 para 419 no mesmo período deste ano.

Pernambuco conseguiu reverter a queda de 15% registrada de janeiro a junho de 2002 e comemora crescimento de 37,21% nas exportações do primeiro semestre deste ano. O faturamento saltou de US$ 136,5 milhões para US$ 187,4 milhões. Segundo o vice-presidente para Relações Internacionais da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Paulo Gustavo Cunha, o camarão foi um dos responsáveis pela performance pernambucana, com crescimento de 54,25% nas vendas, totalizando US$ 8,3 milhões. O açúcar continuou liderando a pauta exportadora, com 27,25% de participação, seguido pelo gás liquefeito de petróleo (GLP), com 8,4%.

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