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Empresas do setor de máquinas apontam problemas para exportar

Representante do segundo maior setor industrial exportador brasileiro, a Abimaq sempre implementou ações em apoio ao esforço de exportação nacional. Nesse sentido, a entidade desenvolveu recentemente uma pesquisa com as associadas visando identificar os principais problemas encontrados pelas empresas nas operações de exportação.

O levantamento contou com o apoio técnico de especialistas da Associação e resultou em um amplo quadro com um passo a passo de uma venda externa e os entraves encontrados. Esse roteiro crítico foi enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de alertar o governo federal para as dificuldades que os empresários enfrentam no dia-a-dia e solicitar uma ação direta e coordenada em face da complexidade de órgãos e departamentos oficiais envolvidos na área de comércio exterior.

O levantamento constatou que os principais entraves às exportações estão na área de Financiamento (27%), Promocional (22%) e Logística (13%). Além disso, as dificuldades burocráticas e operacionais (13%), as barreiras não-tarifárias (13%), também foram apontadas pelos entrevistados como grandes empecilhos para o pleno desenvolvimento das exportações, seguidas pelas Garantias (12%).

Financiamento e promoção

Na área de financiamento tiveram destaque os obstáculos para obtenção de crédito através do programa BNDES-Exim Pré-embarque e para obtenção de garantias exigidas s pelo BNDES-Exim e Proex.

Os empresários ainda apontaram as questões de ordem promocional, que impedem a abertura de negócios, o conhecimento de mercados potenciais, o estreitamento de relações comerciais, entre outros aspectos. Nesse campo, as empresas enfatizaram que a falta de divulgação de seus produtos no exterior também é um grande entrave ao processo de incremento e aumento das exportações.

O principal ponto detectado pelas empresas é com relação ao custo para realização de ações promocionais (31%), seguido por dificuldades na identificação de parceiros no exterior (24%) e acesso a informações mercadológicas (19%).

Logística e burocracia

Nas questões logísticas os principais entraves ficaram por conta dos custos dos transportes (54%), seguidos por problemas de infra-estrutura, condições precárias e onerosas (20%).

Segundo as associadas, os processos operacionais e burocráticos continuam sendo um grande empecilho à exportação. Para mais de 41% das respostas, esses pontos estão relacionados com órgãos como a Secretaria da Receita Federal, o departamento de Operação de Comércio Exterior (Decex) e o Banco Central. Já 33% das respostas consideraram a documentação exigida para as operações como volumosas e altamente detalhistas.

Com relação às barreiras tarifárias, 38% destacaram a dificuldade provocada pela falta de informações sobre os regulamentos e leis do país para o qual deseja exportar, seguido, com 26% das respostas, pelo alto custo do atendimento das exigências na emissão de certificados de qualidade ou ensaio de produtos, seguido ainda, com 17%, por exigência de atendimento e especificações e normas técnicas para os produtos.

No bloco de perguntas sobre as garantias das operações, 73% das respostas apontaram que os entraves encontram-se na burocracia para obtenção do seguro de crédito (35%) e nos altos custos da obtenção desse seguro (38%).

Os resultados da pesquisa servem para reforçar o trabalho da entidade através de suas diversas áreas, visando a busca de solução junto aos órgãos oficiais, além de ações para orientação dos associados.

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