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Intensificada a vigilância na fronteira da Argentina


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu ontem intensificar a fiscalização nos postos de vigilância sanitária na fronteira da Argentina com os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná como medida de precaução devido a suspeita de foco de febre aftosa na Província de Salta. A informação foi dada pelo diretor do Departamento de Defesa Animal (DDA) do Mapa, João Cavallero. A Província de Salta, próxima à Bolívia, situa-se a 700 quilômetros da fronteira com o Brasil.

"Recebemos da Argentina comunicação verbal de suspeita de febre aftosa em 27 suínos que se encontravam em um frigorífico municipal para abate", disse Cavallero. Como o governo argentino não confirmou a doença, as autoridades brasileiras ainda não adotaram medidas mais rigorosas. "Mas os técnicos do Ministério da Agricultura que atuam na fronteira estão de sobreaviso para alguma emergência se for o caso", complementou Cavallero.

A suspeita da ocorrência de febre aftosa em um lote pequeno de suínos foi notificada sexta-feira, durante reunião do Comitê Veterinário Permanente do Conselho Agropecuário do Sul, em Buenos Aires. Desde janeiro de 2002, não se registram casos de aftosa na Argentina. A Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) reconheceu, em julho, a Argentina como área livre de febre aftosa, com vacinação.

Na reunião, o Brasil apresentou a proposta de assumir a vacinação nos países do Cone Sul onde ainda a febre aftosa é problema. Os alvos principais desse controle sobre a vacinação são Paraguai e Bolívia, países em que a febre aftosa é mais persistente e sempre ameaça contaminar o rebanho brasileiro ao longo da extensa fronteira seca.

Nos últimos anos, o Brasil investiu cerca de R$ 1,5 milhão no controle da aftosa na fronteira com o Paraguai e a Bolívia.

Entretanto, recentemente voltaram a se registrar casos de febre aftosa nesses dois países, o que motivou as autoridades brasileiras a tentar uma ação preventiva mais efetiva. De acordo com técnicos da área, a erradicação da febre aftosa no Paraguai e Bolívia demandaria investimentos de cerca de US$ 10 milhões por ano. Atualmente, o Brasil doa vacinas para os dois países.

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