Técnicos do Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Plantas, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (APHIS/USDA), vão inspecionar hoje (06-08) frigoríficos e serviços de inspeção sanitária em Morzarlândia (GO), Nova Andradina (MS) e Porto Velho (RO). A missão se reuniu ontem (05-08), em Brasília, com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Amauri Dimárzio, e com o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano, que fizeram uma exposição sobre o sistema de produção pecuária e os programas de sanidade implantados no Brasil.
Para cumprir o extenso roteiro e agilizar as visitas, a comitiva americana se dividirá em duas equipes. Na quinta e na sexta-feira, um dos grupos estará em Uruguaiana, Alegrete, Livramento e Bagé (RS), além de postos de vigilância na fronteira do Brasil com a Argentina e com o Uruguai. A outra equipe, visitará Ji-Paraná, Vilhena (RO) e a fronteira do Acre com a Bolívia. No sábado, a comitiva vai conhecer o sistema de fiscalização do aeroporto de Guarulhos e o porto de Santos. Os técnicos americanos concluirão a visita ao Brasil na segunda-feira, com uma reunião, às 9h, na Secretaria de Defesa Agropecuária (DAS).
A vinda da missão americana ao Brasil é resultado da viagem que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, fez aos Estados Unidos, em abril deste ano, para abertura daquele mercado à carne bovina in natura brasileira. A expectativa é de que a missão conclua agora o processo de análise de risco e que, até abril de 2004, já tenha acesso ao mercado dos Estados Unidos. Esta é terceira vez que os americanos vêm ao Brasil. A primeira visita ocorreu em 1999 no RS, SC e PR. e a segunda, em outubro de 2002, na Região Centro-Oeste.
Quando esteve com a secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Ann Veneman, o ministro Roberto Rodrigues disse que é injustificável que o Brasil exporte apenas carne bovina processada para os EUA. “Já investimos mais de dois bilhões de dólares em programas de sanidade”, afirmou, ao defender, na oportunidade, a abertura do mercado norte-americano também ao produto in natura.
Na audiência com Ann Veneman, Rodrigues lembrou que há dois anos o país não registra nenhum caso de febre aftosa ou qualquer outra enfermidade que possa comprometer a sanidade do rebanho brasileiro de 180 milhões de cabeças.