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Brasil não vai abrir mão das questões agrícolas na rodada da OMC


A menos de um mês da V Conferência Conferência Ministerial da Organização Mundial de Comércio (OMC), que será realizada em Cancún, no México, de 10 a 14 de setembro, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, está otimista com o evento, bem como com as oportunidades comerciais que podem ser geradas. Mas deixa um ponto bem claro: nada será negociado caso os produtos agrícolas fiquem fora das negociações no comércio internacional. “Ou a agricultura avança, ou não avança nada”.

Ele lembra que o Brasil leva uma proposta alternativa ao “acordo” defendido por Estados Unidos para as questões do comércio internacional dos produtos agropecuários dos países em desenvolvimento. O “falso” acordo, conforme o ministro, serve apenas a União Européia e aos Estados Unidos, “sem contemplar, se quer o mandato da rodada de Doha que tem três pilares: acesso a mercados, política de apoio interno e os subsídios as exportações”.

O projeto brasileiro foi discutido e apoiado pelos países do grupo de Cairns e do Mercosul. O ministro Rodrigues disse que “o Brasil recupera os termos do mandato de Doha e cria condições reais para o comércio mundial de produtos agrícolas. Esta questão tem duas vertentes muito relevantes, na opinião dele. A primeira é que o Brasil tomou uma iniciativa pró-ativa. Não está apenas reagindo ao documento norte-americano e sim apresenta uma coisa muito mais abrangente, mais ampla. O Brasil assume a posição de liderança do processo. Em segundo lugar, toma a posição de reivindicar e apresentar propostas em relação ao futuro”. Outro ponto defendido por Rodrigues é a eliminação dos subsídios às exportações agrícolas e não reduções graduais, sem definições corretas.

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