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Espanha obtém sucesso contra a mosca da fruta


O Conselho de Agricultura espanhol está conseguindo diminuir as infestações de "mosca da fruta" ao reduzir sua incidência a níveis inferiores aos registrados nos últimos anos, apesar do elevado calor acometido desde fins do mês de maio na Europa, informaram fontes das Comunidades autônomas.

As atuações do Conselho para combater a "mosca da fruta" contam com um orçamento de dez milhões de euros, que se destinam tanto para tratamentos aéreos como à entrega gratuita de produtos aos agricultores, armadilhas coletivas para pomares mais isolados, assim como em experimentações em grande escala que se realizam com a soltura de machos estéreis e a colocação de armadilhas esterilizantes.

Estas medidas, segundo as mesmas fontes, estão conseguindo reduzir "de maneira considerável" a população da Ceratitis capitata, o que se deve, em grande parte, à colocação em uso de um novo sistema de monitoramento que consiste na distribuição por toda a zona citrícola da Comunidade Valenciana de uma rede de 900 armadilhas, cujos índices de captura são transmitidos a uma central informatizada, através de telefonia móvel.

Este sistema de monitorimento permite que se disponha em tempo real de mapas de distribuição da praga por todo o território da Comunidade Valenciana, com o qual se pode atuar seletivamente mediante tratamentos aéreos nas zonas onde existem maiores populações de moscas.

Por outro lado, o Conselho já tem dividido, através de cooperativas e associações, um total de 74.000 litros de produtos para que os agricultores realizem os tratamentos terrestres considerados necessários para conseguir um bom controle da mosca e uma minimização de seus danos nas propriedades rurais.

Os tratamentos, de benefício público e obrigatório cumprimento por parte dos agricultores, devem ser aplicados nas plantações de verão, em pomares de cítricos localizados em zonas onde existam dificuldades para a realização de tratamentos coletivos aéreos e para o tratamento de variedades extra-temporãs e temporãs de cítricos, complementando assim a efetividade das aplicações aéreas.

Além do mais, o Conselho está distribuindo mais de 100.000 armadilhas de captura coletiva para serem colocadas nos pomares isolados, e especialmente nas figueiras, com objetivo de controlar as moscas geraas em seus frutos maduros.

A respeito dos experimentos realizados pelo Conselho consistente na soltura de machos estéreis que se tem feito sobre 15.000 hectares da região de Prat de Cabanes (Castellón) e de Valldigna, na comarca de La Safor (Valência), as mesmas fontes ressaltaram que estão obtendo alguns "excelentes" resultados que se refletem na "drástica" redução da população de Ceratitis capitata, cujos níveis se têm reduzido à metade em todos os casos.

Esta técnica consiste na criação e soltura maciça de insetos estéreis, criando uma forte competição pela fecundação das fêmeas, com o qual se consegue uma progressiva diminuição do número de moscas férteis no campo e, portanto, a redução da incidência desta praga.

Também está sendo desenvolvida, na zona citrícola da comarca de Ribera (Valência), um novo sistema de combate contra a mosca da fruta por meio da colocação de armadilhas esterilizantes, que, segundo as mesmas fontes, está dando alguns "bons resultados" ao se ter reduzido "notavelmente" a população da mosca nas áreas onde foi aplicada.

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