Embora de modo tardio, há indícios que as preocupações com a sanidade e a qualidade no setor pecuário começam a ser levadas em conta no Nordeste. Em junho os estados nordestinos lançaram uma campanha de combate à febre aftosa e a expectativa é de que entre 2004 e 2005 muitas restrições ao trânsito de carne e animais sejam abolidas.
Esse fato já estaria despertando o interesse de importadores - no final de junho uma missão japonesa veio prospectar a compra de carne suína no Ceará.
"Está claro que o Brasil é o celeiro do mundo e o Nordeste, por conta da logística, pode ter atuação destacada nesse mercado", afirma Cézar da Rocha, titular da DFA no Ceará. Ele reconhece, porém, que o segmento de carnes está atrasado nessa corrida. "De maneira geral, os produtos de origem vegetal no estado, como cachaça, castanha e melão, estão bem mais avançados em relação á obtenção do SIF do que a pecuária."
De acordo com Rocha, a DFA não cobra nada pela emissão do SIF e tem procurado conscientizar os abatedouros das vantagens da certificação.
"Temos insistido que o SIF não deve ser encarado como um ônus, ou como uma questão punitiva. Trata-se de um selo de qualidade, que sugere procedimentos capazes até de influenciar nos aspectos do ganho de produtividade e lucro para das empresas", afirma ele.
No estado do Ceará, 12 empresas que atuam com exportação de camarão têm SIF.