Em Venâncio Aires e Candelária, 90% das mudas de tabaco foram transplantadas para as lavouras.
As chuvas regulares nas últimas duas semanas no Vale do Rio Pardo, depois de um período de estiagem de 29 dias, impulsionaram o transplante de mudas de fumo para as lavouras. Nas regiões de terras baixas, como a grande parte dos municípios de Venâncio Aires e Candelária, os principais produtores de tabaco do RS, 90% das mudas foram transplantadas, segundo levantamento da Afubra. A estimativa é de que os trabalhos sejam concluídos dentro de, no máximo, três semanas. O gerente técnico da Afubra, Iraldo Backes, explica que o transplante de mudas atingiu seu pico nos últimos 15 dias. Nesse período, conforme o técnico, mais da metade dos 64 mil hectares que deverão ser ocupados pela fumicultura no Vale do Rio Pardo receberam as mudas.
As plantações estão se desenvolvendo normalmente e não há registros da ocorrência de pragas na região. Segundo o presidente do Sindifumo, Cláudio Henn, em todo o Vale do Rio Pardo, incluindo os municípios do Centro-Serra, aproximadamente 75% das mudas estão nas lavouras. Conforme ele, o bom andamento do início da safra está confirmando as estimativas de produção recorde de tabaco. No mês passado, o Sindifumo anunciou que a área plantada dos três estados do Sul deverá saltar de 361,7 mil hectares para 400 mil ha nesta safra, com produção superior a 800 mil toneladas. 'Na região serrana é normal que o plantio ocorra algumas semanas mais tarde porque a possibilidade de frio intenso é maior do que nas terras baixas'. De acordo com Henn, o clima tem se apresentado favorável ao setor, embora a estiagem do mês passado tenha assustado os agricultores. 'O ideal mesmo seria um pouco mais de calor'. Em São Martinho, no interior de Santa Cruz do Sul, a primeira ocorrência de granizo nesta safra foi registrada no dia 7 de setembro, mas sem maiores estragos.