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Exportações para China superam total de 2002



Apesar de ser um dos maiores produtores mundiais de grãos, com cerca de 500 milhões de toneladas, a China se consolida como ‘freguesa’ número um da soja brasileira. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o volume de soja em grão importado pelo país asiático acumulado nos sete primeiros meses deste ano já supera o total adquirido em 2002. No ano passado, ela passou a ocupar o primeiro lugar no ranking dos maiores importadores de soja em grão do Brasil.

A Abiove informa que este ano a China já importou 36% do total de soja em grão exportado pelo Brasil nos primeiros sete meses do ano. No ano passado inteiro, o país abocanhou 26% do total. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve um incremento de 233%, para 3,1 milhões de toneladas.

No ano passado, as compras da oleaginosa realizadas pela China somaram 4,4 milhões de toneladas. Ou seja, 10% acima do importado em 2002, quando foram registradas 4,1 milhões de toneladas.

Segundo uma fonte ligada à Abiove, esse incremento nas importações ocorre em razão da estabilização da safra chinesa de soja, prevista para 16,5 milhões de toneladas neste ano. Se confirmado, o número empatará com o resultado dos últimos 3 anos. Ainda segundo a mesma fonte, a China não tem como ampliar a área de produção de soja e há também regiões que sofrem com a falta crônica de água para irrigar as plantações.

Porém, o consumo interno teve um incremento grande, principalmente em decorrência do aumento da população. Dessa forma, o país asiático é obrigado a importar o grão.

Redução de safra

O governo chinês anunciou ontem uma redução na estimativa de colheita de soja neste ano em 2,4%, em função da seca na principal região produtora do grão naquele país.

Segundo informações do Centro Nacional de Informações de Grãos e Oleaginosas da China, unidade da Administração Estatal de Grãos, a seca, as altas temperaturas e os fortes ventos prejudicaram as áreas cultiváveis da província Heilongjiang, norte do país, e no leste da região próxima à Mongólia.

A maior parte da soja chinesa é plantada nas províncias no nordeste daquele país.

No entanto, segundo a Abiove, essa redução na safra chinesa não irá favorecer diretamente o Brasil em relação a um incremento extra na importação de soja em grão. No segmento de óleo de soja — bruto e refinado — a China já ocupa o segundo lugar do ranking de importadores, com 15%, atrás apenas do Irã, tradicional importador do produto brasileiro. No ano passado, a China importou 299 mil toneladas do produto. Este ano, nos primeiros sete meses, foram embarcadas para aquele país 196,5 mil toneladas do óleo de soja.

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