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Porto de Paranaguá movimenta 10% a mais de contêineres



O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) deve fechar o ano com um crescimento pouco maior que 10% em relação a 2002. A previsão é de que o TCP movimente até dezembro 300 mil TEUS (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) contra os 260 mil do ano passado. A expectativa de crescimento, que inicialmente estava projetada em 20%, deve se manter mesmo com a queda das importações registrada no decorrer deste ano no Porto de Paranaguá.

O gerente comercial, Marcelo Mader, afirma que o crescimento ocorrerá em função da ampliação dos serviços oferecidos pelo TCP aos exportadores, que compensam as perdas ocasionadas pela retração das importações. Ele cita, por exemplo, o aumento do tempo da franquia para armazenamento de contêineres destinados à exportação, que de sete dias passou para 14. "Os principais portos concorrentes reduziram o período de dez para cinco dias, ou seja, passamos a oferecer o triplo do tempo dos demais e com isso conseguimos incrementar o volume de cargas movimentado por Paranaguá", conta.

O TCP também não altera a expectativa de crescimento com a previsão de entrar em funcionamento nas próximas semanas um terminal público de contêineres no Porto de Paranaguá. O contrato de concessão da TCP, válido até 2023, teve um termo aditivo cancelado pelo governador Roberto Requião em agosto e, com isso, perdeu o direito de movimentar sozinho as cargas em contêineres em Paranaguá, devendo enfrentar em breve a concorrência do TPC (Terminal Público de Contêineres). A previsão é de que o TPC seja reativado entre final de setembro e meados de outubro.

Segundo Mader, o TCP levará adiante o seu plano de investimentos em melhorias no Porto de Paranaguá, que desde 1998 já recebeu R$ 130 milhões de recursos do consórcio privado formado pela Redram Construtora de Obras, Soifer Participações, Tucumann e Terminal Contenedores de Barcelona. "Continuaremos a apostar na melhoria dos serviços e na oferta de um maior número de benefícios a custos competitivos", afirma.

A primeira fase do programa de investimentos foi finalizada com a inauguração de um armazém de 12 mil m2 para a estufagem de contêineres. Sozinho, o armazém custou R$ 5 milhões e deve impulsionar as exportações de mercadorias de alto valor agregado por agenciadores de carga - NVOCCs e freight forwarders.

Mader explica que o mercado de embarques fracionados ainda é pequeno, mas que tende a crescer em função da industrialização do Paraná. ‘Como antes não oferecíamos esse serviço, os exportadores se voltavam para o Porto de Santos para embarcar as mercadorias", considera ele.

A segunda fase de investimentos deve ser concluída ainda esse ano. Os investimentos de R$ 50 milhões se destinam à ampliação do cais em 200 metros, que permitirá a atracação simultânea de dois navios full container e um PCC (Pure Car Carriers), para o transporte de veículos. Os recursos também englobam a aquisição de equipamentos, como o portêiner, ou guindaste, que possibilitará um aumento da produtividade de oito movimentos por hora para 25. Estão previstas outras duas etapas de investimentos, em 2007 e 2013.

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