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Desabastecimento de feijão ameaça: Hora de plantar?

São esperadas reduções de produção em Minas Gerais e São Paulo


Foto: Marcel Oliveira

A falta de feijão disponível para abastecimento é uma ameaça que volta a preocupar a cadeia de pulses brasileira, informa o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). Segundo a entidade, que é a mais representativa do setor, produtores de feijão relatam que as lavouras que estão em melhores condições são as da região de Guarapuava até Curitiba (estado do Paraná) e até a divisa com Santa Catarina. 

“Ocorre que nesta região a maioria das áreas é de Feijão-preto. Chegando o Feijão-carioca a ultrapassar os R$ 320 e com negócios até R$ 350 por saca de 60 quilos, igualou-se, em preço, ontem, ao Feijão-preto. Em dólares, US$ 65 por saca é um preço que não se via desde 2016, durante a grande estiagem que atingiu o Brasil naquele ano, porém, em dezembro, os preços já estavam abaixo do US$ 60 por saca”, explica o Instituto. 

Neste ano, de acordo com eles, a ameaça de desabastecimento – além de chamar a atenção da imprensa e do consumidor final pela alta do preço – pode estimular mais produtores a plantar feijão. “Se forem confirmadas as chuvas no interior de São Paulo até sábado, a situação de abastecimento poderá se tornar caótica”, projeta o Ibrafe, que é presidido por Marcelo Lüders. 

“Sobre estoques, obviamente nestes preços não há produtor que colha e especule. Cerca de 90% do que está sendo colhido está sendo destinado para consumo ou plantio. Há tão pouco produto que não cabe mais discutir se vão pagar no varejo o que vai ser pedido ou não. O fato é que não haverá espaço para discussão, ‘se um não compra, outro vai comprar’, comentava ontem um empacotador experiente. A realidade está posta e não há nada que possa amenizar a situação agora. De Minas Gerais estão confirmadas também reduções de área superiores às estimadas pela CONAB, que ainda espera 127 mil hectares plantados. Até o momento, o horizonte segue ótimo para quem tem lavouras de Feijão”, conclui o Ibrafe.

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