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Enchentes em maio causam perdas milionárias para produtores rurais do RS, segundo farsul

Os dados revelam perdas tanto em grandes quanto em pequenas propriedades


Foto: Emerson Peres

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) divulgou nesta segunda-feira (27/05) dados sobre os impactos econômicos das enchentes que devastaram o estado durante o mês de maio de 2024. As informações foram apresentadas em uma coletiva de imprensa que contou com a participação do presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, do economista-chefe Antônio da Luz, da representante do movimento S.O.S Agro, Graziele de Camargo, e do 1º vice-presidente, Elmar Konrad.

Os dados revelam perdas tanto em grandes quanto em pequenas propriedades. Algumas grandes propriedades relataram perdas que chegam a R$ 25 milhões, enquanto perdas em propriedades médias variam entre R$ 100 mil e R$ 5 milhões. Pequenas propriedades também sofreram, com prejuízos na faixa de R$ 10 mil a R$ 100 mil.

No total, a soma dos prejuízos relatados pelos 347 produtores rurais pesquisados atinge R$ 467.680.550,50, com uma média de R$ 1.391.906,40 por produtor. As áreas de cultivo abrangem 33.649 hectares, com destaque para a soja (15.470 hectares), arroz (4.495 hectares) e trigo (2.100 hectares). A pecuária também foi afetada, com um total de 23.615 animais, dos quais 94% são bovinos.

As enchentes causaram danos consideráveis às plantações de soja. Dos 15.470 hectares cultivados, 53% foram afetados por grãos ardidos, 20% por grãos brotados, 15% por grãos podres, 7% por grãos germinados e 5% apresentaram umidade acima do normal.

A situação financeira dos produtores também é preocupante. O total de endividamento por custeio entre os produtores entrevistados é de R$ 249.100.000,00, com uma média de R$ 415.166,67 por produtor.

Gedeão Pereira destacou a gravidade da situação: "Os produtores rurais não estão sofrendo só nesta safra. O Estado vem de duas quebras de safras, e a enchente é a pá de cal em cima do produtor rural gaúcho. O que nós precisamos são de medidas excepcionais". Antônio da Luz reforçou a dificuldade de se ter uma dimensão exata do prejuízo, mencionando que muitos produtores ainda não conseguiram acessar suas propriedades para avaliar os danos.

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