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Nova onda de calor será crítica para soja

Onda de calor pode reduzir a produtividade da soja no Sul do Brasil e Argentina.


Onda de calor pode reduzir a produtividade da soja no Sul do Brasil e Argentina. Onda de calor pode reduzir a produtividade da soja no Sul do Brasil e Argentina. - Foto: Tropicaltidbits

No decorrer dos próximos dias, um novo "domo de calor" deve se estabelecer no centro-sul do continente sul-americano, com o epicentro das temperaturas mais elevadas sobre o norte da Argentina e Paraguai.

A condição de temperaturas elevadas já vem sendo registrada na região, mas a partir de segunda-feira (11.03) as condições devem ser ainda mais quentes, com o calor avançando para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Os termômetros devem se aproximar da casa dos 36°C nos estados do sul e até 38°C no Mato Grosso do Sul.

Na terça (12) o calor deve se intensificar no Rio Grande do Sul, com os termômetros beirando os 38°C no sudoeste do Estado.

No decorrer dos próximos dias, o calor intenso será a condição mais comum. Esta situação deve prevalecer até pelo menos o dia 21, quando uma frente fria avança e provoca a quebra nesta condição de temperaturas elevadas na fronteira sul do Brasil. Entretanto, a massa de ar quente deve prevalecer atuando sobre o Paraguai e Mato Grosso do Sul.

Um dos grandes pontos de atenção neste momento é no aumento do estresse térmico e hídrico das lavouras de soja que estão avançando em estádios fenológicos altamente sensíveis, como a floração. 

As temperaturas elevadas, podem limitar a polinização e causar até mesmo o abortamento das flores, reduzindo o potencial produtivo das lavouras. 

O norte da Argentina, já vem de uma sequência de degradação das condições das lavouras e a previsão de uma onda de calor na região, pode degradar ainda mais esta situação.

 

Impactos na Soja:

  • Estresse térmico: Temperaturas acima de 35°C durante o florescimento e enchimento de grãos podem levar à queda de flores, abortamento de vagens e redução do peso das sementes, impactando negativamente a produtividade.
  • Desidratação: O calor intenso e a baixa umidade do ar aceleram a transpiração, levando à desidratação das plantas e à redução da fotossíntese.
  • Abortamento de Flores e Vagens: O calor extremo pode causar o abortamento de flores e vagens em desenvolvimento, reduzindo drasticamente o número de grãos por planta.
  • Redução do Peso dos grãos: Temperaturas elevadas durante o enchimento dos grãos podem limitar o acúmulo de reservas, resultando em grãos menores e com menor peso.

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