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Tempo e a agricultura brasileira

As chuvas acima da média em Minas Gerais e regiões do Espírito Santo trouxeram danos aos cafezais


Foto: Arquivo

O bom volume de chuvas do mês de fevereiro favoreceu o desenvolvimento das lavouras e mantiveram o otimismo dos produtores. Destaque se dá aos seringais da região de Cassilândia/MS e do oeste paulista, onde o armazenamento de água pode reverter a tendência de queda na produção de látex, em decorrência da estiagem de novembro. Contudo, para assegurar altas produtivas é importante que regularidade das chuvas se mantenha e a tecnologia seja devidamente aplicada.

Nas lavouras de soja do Rio Grande do Sul, as chuvas de fevereiro não foram suficientes para reverter as perdas de produtividade causadas pela estiagem de dezembro e janeiro. No entanto, a alta temperatura e elevada taxa de radiação solar contribuíram para o aumento da produtividade do arroz irrigado no estado.

No Paraná há otimismo dos produtores de soja, principalmente para a região sudoeste, onde houve chuvas em bom volume e bem distribuídas. A região noroeste do Paraná, contudo, deverá apresentar perdas em decorrência do déficit hídrico na fase de desenvolvimento da cultura.

O plantio de milho segunda safra no Mato Grosso, Goiás e Paraná está atrasado, pelo excesso de chuva em fevereiro. Os produtores arriscaram a semeadura fora da janela ideal, que é até 25 de fevereiro. Esse risco poderá ser compensado se as previsões de chuva até o fim de abril se confirmarem, no entanto, a semeadura atrasada pode aumentar o risco de prejuízos por geada, principalmente no Paraná.

A colheita de soja no Mato Grosso já ultrapassou 60% apesar das chuvas intensas do mês de fevereiro terem atrapalhado as operações de campo, acarretando em prejuízos por grão ardido. Além disso, o escoamento da safra está impossibilitado pela interdição de várias estradas, principalmente na região leste do Estado. O MATOPIBA também sofre com prejuízos na colheita por conta do excesso de chuvas.   

As chuvas acima da média em Minas Gerais e regiões do Espírito Santo trouxeram danos aos cafezais. A intensidade e o alto volume de chuva registrado causou danos estruturais na lavoura, aumentou a erosão e a incidência de doenças. A produção de hortaliças dessas regiões também foi prejudicada, acarretando em uma diminuição na oferta e elevação de preços.

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