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Crédito agropecuário da safra 2003/04 atinge R$ 5,167 bilhões até 31 de agosto


A liberação de crédito agropecuário da safra 2003/04 atingiu R$ 5,167 bilhões de 1º de julho a 31 de agosto. O volume é 32,5% superior ao registrado no mesmo período de 2002, quando a movimentação foi de R$ 3,9 bilhões, e corresponde a 15,8% dos R$ 32,5 bilhões disponibilizados pelo Plano Agrícola e Pecuário 2003/04 até o final de julho de 2004.

A maior parte dos recursos liberados, R$ 3,68 bilhões, foi destinada para custeio, um crescimento de 44% em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, os empréstimos para investimentos recuaram 7%, ficando na casa de R$ 644 milhões.

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ivan Wedekin, considera que esse desempenho é um reflexo da redução da oferta de recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste, cujo orçamento de 2004 praticamente esgotou em abril. Outros R$ 863 milhões foram destinados para a comercialização da safra.

Os programas de investimento do ministério que utilizam recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e são coordenados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) demandaram, entre julho e agosto, R$ 741 milhões, em relação aos R$ 624 milhões no mesmo período de 2002. O destaque foi o Moderinfra, destinado à construção de armazéns em propriedades rurais e irrigação, cujo volume de empréstimos cresceu 481%, de R$ 11 milhões para R$ 64 milhões.

O do Moderagro, voltado à renovação de pastagens e recuperação de solos, subiu 35%, de R$ 101 milhões a R$ 136 milhões. Caminho inverso fizeram os empréstimos do Moderfrota, que caíram 2,3%, de R$ 458 milhões para R$ 440 milhões.

A programação de recursos para o Moderfrota prevê a aplicação de R$ 1,25 bilhão até janeiro e mais R$ 750 milhões desse mês até julho de 2004. Diante da demanda do Moderagro e do Moderinfra, para os quais foram disponibilizados R$ 1,1 bilhão, em relação a R$ 870 milhões em 2002, Wedekin admitiu a possibilidade de redirecionar recursos.

O orçamento total para programas do ministério é de R$ 4 bilhões, e a definição sobre mudanças de destinações está prevista para janeiro. O suporte para uma decisão nesse sentido, afirmou Wedekin, virá do BNDES, que vai abrir uma linha de crédito ilimitada para o Finame Especial. "O programa vai financiar também tratores e colheitadeiras, com juro de 13,95% ao ano", afirmou.

Ontem, o ministério também anunciou o balanço do volume de crédito agrícola concedido no período 2002/03. Os repasses oficiais totalizaram R$ 26,39 bilhões, 2% acima dos R$ 25,87 bilhões orçados. Em relação à safra 2001/02, quando foram liberados R$ 18,64 milhões, esse volume representa um crescimento de 41,6%.

Dos recursos da safra, R$ 27,1 bilhões são destinados a programas conduzidos pelo Ministério da Agricultura e R$ 5,4 bilhões, para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) da agricultura familiar.

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