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Bolívia vai investir US$ 6,85 milhões no combate contra febre aftosa


O Comitê Veterinário Permanente do Conselho Agropecuário do Sul (CVP) aprovou, durante encontro realizado em Montevidéu, um plano de emergência orçado em cerca de US$ 6,85 milhões para erradicar a febre aftosa na Bolívia.

O presidente da CVP, Recaredo Ugarte, em entrevista ao jornal uruguaio "El País", anunciou que o aporte dos países que integram o conselho (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) será de cerca de US$ 3 milhões. Outros US$ 730 mil virão do setor oficial boliviano e US$ 3,12 milhões dos criadores de gado. O projeto foi submetido, ontem, à avaliação do Conselho de Ministros do Mercosul, no último dia do encontro iniciado segunda-feira.

O chamado Plano de Emergência da Febre Aftosa na Bolívia prevê ações como vacinação e a implantação de um sistema de identificação que deve abranger 5 milhões de animais.

Missão técnica

As diretrizes foram definidas a partir de propostas do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária da Bolívia (Senasag) e de recomendações de uma missão técnica regional apoiada pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa).

O conjunto de ações também prevê restrições a movimentação de animais.

O plano aprovado em Montevidéu vem ao encontro das posições do Ministério da Agricultura brasileiro, que já deixou clara sua disposição de dar suporte técnico à vacinação e ao controle sanitário nos países vizinhos mais suscetíveis à aftosa, casos do Paraguai e da Bolívia, que, neste ano, receberam do Brasil 1,5 milhão de doses de vacinas. Mas o Brasil não considera suficiente esse mecanismo, e defende ações mais profundas, como a organização da estrutura veterinária. No caso do Paraguai, um dos avanços obtidos nos últimos meses foi a adoção do calendário de vacinação do Circuito Agropecuário Centro-Oeste (maio e dezembro). Na semana passada, o Brasil levantou restrições à importação de carne desossada e maturada do país vizinho.

O Ministério da Agricultura estima que, com um plano conjunto, será possível afastar, em três anos, os riscos de novos surtos de febre aftosa no Paraguai e na Bolívia, países que contam com rebanhos estimados em 15 milhões de animais. No Cone Sul, o Chile é o único considerado área livre de aftosa sem vacinação. O acordo de Montevidéu também abre caminho para cumprir a meta do Panaftosa de erradicar a doença no continente até 2009.

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