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Convênio entre Fepagro e UFSM preserva árvores nativas do RS


A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) assinaram hoje (05/12) pela manhã um convênio que irá permitir a produção de mudas de árvores nativas do Rio Grande do Sul. Pelo acordo, as instituições também vão buscar aperfeiçoar a clonagem de plantas, pelo método que cientificamente é chamado de micropropagação. A técnica utilizada pelos cientistas consiste na seleção de árvores consideradas como portadoras de características superiores e depois extrair partes delas para a reprodução em laboratório até se obter uma muda pronta para o plantio. As vantagens da micropropagação são a preservação do patrimônio genético vegetal de qualidade existente no Estado e a produção de grande quantidade de mudas em espaços menores e com mais rapidez do que pelo sistema convencional.

Uma das espécies beneficiadas pelo projeto que será desenvolvido no convênio é o palmiteiro. Ameaçado de extinção há mais de 40 anos devido à exploração clandestina para extração do palmito, um alimento consumido em larga escala no país e que tem perspectiva de ampliação do comércio no mercado internacional, o também chamado Euterpe edulis é originário da Mata Atlântica, localizada desde o sul do litoral da Bahia até o município de Osório no Rio Grande do Sul. Segundo o cronograma de execução, as entidades devem produzir 17 mil mudas da espécie para o banco de germoplasma que os produtores poderão recorrer para adquirir o palmiteiro para o plantio.

Duas outras árvores ameaçadas de extinção, a imbuia e a coronilha, também serão objeto de estudos. Segundo a pesquisadora Rita da Cássia Sobrosa, do centro de pesquisa Fepagro Florestas, localizado em Santa Maria, a idéia é investigar os métodos existentes para reprodução dessas plantas em laboratório e determinar o mais eficaz. Os resultados servirão de base para futuros projetos de produção.

Rita fará a coordenação da responsabilidade técnica das atividades do convênio juntamente com a professora da UFSM Maisa Pimentel Martins Corder. Ao formalizar a parceria, o diretor-presidente da Fepagro, Carlos Cardinal, e o reitor da UFSM, Paulo Jorge Sarkis, determinaram um prazo de três anos para a duração do convênio, mas definiram que o contrato poderá ser renovado. Além de pesquisadores e pessoal de apoio para a realização das tarefas, a Fepagro colocará o Laboratório de Cultura de Tecidos e o Viveiro Florestal da Fepagro Florestas à disposição para o desenvolvimento dos trabalhos. Já, a universidade irá disponibilizar o Laboratório de Biotecnologia Florestal e permitir a participação de técnicos de nível superior da Fepagro em disciplinas e outros projetos ligados ao setor de biotecnologia florestal da instituição acadêmica. A supervisão geral das atividades relacionadas ao convênio será da Fepagro.

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