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Ministro da Agricultura debate hoje cotas russas para importação de carnes


O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, encontra-se hoje (17-12) em Brasília com o chanceler da Rússia, Igor Ivanov, e, segundo informou ao Valor, quer negociar a garantia de cotas para a exportação de carnes brasileiras à Rússia equivalente ao volume exportado este ano. Até outubro, as vendas de carne suína ao país somaram 271 mil toneladas. As de frango e bovina totalizaram, até novembro, 192 mil toneladas e 118 mil toneladas, respectivamente.

Rodrigues disse que vai manifestar a insatisfação do Brasil em relação ao sistema de cotas definido pela Rússia, que tem como referência o volume exportado antes de 2002. O Brasil terá de disputar, com outros fornecedores, cota de 68 mil toneladas para frango, de 179,5 mil toneladas para suíno e de 68 mil toneladas para carne bovina.

Em Genebra, o vice-ministro de Comércio da Rússia, Maxim Medvedkov, disse que "o Brasil não ficará fora do mercado russo", acenando com cota específica para as exportações do país. A idéia, no caso do frango, é que o país tenha uma cota dentro do volume de 68 mil toneladas. Mas fontes do governo brasileiro disseram que essa opção não interessa, pois não resolveria o acesso do país ao mercado russo.

Para os brasileiros, Moscou poderia ter escolhido outra forma de estabelecer as cotas, dentro das regras da OMC, levando em conta a expansão das exportações brasileiras em 2002 e não os volumes exportados de 1999 a 2001. Por esse critério, os EUA terão cota de 771,9 mil toneladas de um total de 1,05 milhão para o frango. No caso do suíno, a União Européia terá cota de 227,3 mil toneladas. Na carne bovina, a UE tem cota de 359 mil. Delegados de vários países dizem informalmente que a Rússia dificultou sua entrada na OMC ao fazer um acordo com EUA e UE na área de carnes.

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