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Desvios no Porto de Paranaguá somam mais de 1 milhão de reais


Conforme estimativa feita por técnicos da Federação da Agricultura do Paraná e Organização das Cooperativas do Paraná, o desaparecimento de pouco mais de uma tonelada e meia de soja em grãos no Porto de Paranaguá pode representar uma perda de R$ 1,4 milhão pela cotação atual do produto no mercado internacional. O produto teria sido desviado antes de ser embarcado, através de um esquema que pode envolver os funcionários que trabalham no "balanção", aparelho que registra toda a carga que adentra ao porto por caminhão ou vagão de trem.

Preocupado com a grandiosidade do caso, o delegado titular de Paranaguá, José Roberto Jordão, e que preside o inquérito aberto pela representação criminal apresentada pelo superintendente do Porto Eduardo Requião, solicitou informações técnicas acerca do valor financeiro da soja desaparecida para dar uma dimensão à denúncia.

A denúncia de Requião é formal contra o servidor Valmir Neves, chefe da Seção de operação de silo, mas não descarta a possibilidade de envolvimento de outros funcionários da autarquia, inclusive graduados. Todo o processo encontra-se agora no Fórum da Comarca de Paranaguá, com o pedido de prorrogação do prazo para concluir os trabalhos, além do pedido de novas diligências. O documento deve voltar às mãos do delegado somente no final do corrente mês. A representação foi dirigida ao delegado no dia 9 de dezembro passado, depois que o esquema de desvio foi descoberto a partir da necessidade do esvaziamento do silo onde os grãos estavam estocados, mas a investigação não avançou quase nada.

Segundo o documento, depois dessa remoção da mercadoria ali estocada, constatou-se o sumiço de quase 1,6 tonelada do produto prontas para o embarque. O delegado José Roberto Jordão confirmou que foram ouvidos alguns dos servidores do Porto arrolados no pedido de representação, mas disse não se lembrar do nome deles. No entanto, confirmou que não há nenhum indiciado ainda no caso.

Entre as pessoas citadas para prestarem depoimentos encontram-se os nomes do diretor de Desenvolvimento Empresarial do Porto, Orsival Francisco, o diretor Técnico Ogarito Borgias Linhares e o chefe da Seção de Administração do Pool da Appa, Gilmar Francener. Além destes o superintendente também arrolou o chefe da Divisão do Silos da Appa, Onilande Marés da Costa, o técnico de Sistema Portuários, Joacir da Silva e o engenheiro civil e chefe do Deport, Antônio do Carmo Tramujas Neto.

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