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Congresso brasileiro de soja em Foz do Iguaçu (PR) terá três simpósios para tratar da ferrugem asiática


A Ferrugem Asiática estará na pauta de discussões durante a Conferência Mundial de Pesquisa de Soja e o Congresso Brasileiro de Soja, a serem realizados de 29 de fevereiro a 5 de março, em Foz do Iguaçu, no Paraná. "A doença está presente em praticamente todos os estados produtores e a incidência da ferrugem no Brasil começou mais cedo na safra 2003/04", destaca o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), José Tadashi Yorinori, que vai coordenar três

simpósios sobre o tema.

Tadashi afirma que no evento estarão reunidos os especialistas que já possuem experiência com a ferrugem, principalmente no que diz respeito ao controle do fungo por meio do desenvolvimento de cultivares de soja resistentes ao problema. Na Conferência Mundial, por exemplo, haverá relato da ocorrência da ferrugem em países, como o Zimbábue, a África do Sul, Taiwan, Tailândia, India e China Continental. "A Ásia é o continente de origem do fungo Phakopsora pachyrhizi e os pesquisadores desse continente certamente poderão dar uma grande contribuição para o seu combate", conta.

Para Tadashi, a troca de experiências será importante para a orientação de pesquisas sobre a doença e possibilitará a criação de canais de comunicação entre os pesquisadores que lidam com esse problema da ferrugem. "Dessa junção de relatos pode surgir também um grupo de trabalho internacional, com pesquisadores de todos esses países, para um intercâmbio de informações permanente e também para desenvolver pesquisas de forma cooperativa", explica.

Durante o evento também serão discutidos tópicos como a variabilidade genética do fungo, seu comportamento diante de diferencial climático, a viabilidade prática do controle obtido pela resistência genética, a disponibilidade do material genético visando um programa de resistência à doença, a definição de projetos de pesquisa utilizando a biotecnologia e as técnicas de biologia molecular.

A ferrugem asiática provoca a desfolha precoce da soja e a redução de peso do grão, o que pode afetar a produtividade. A única forma de controle da ferrugem asiática é a aplicação de fungicida, mas é preciso saber reconhecer o momento certo de aplicar. Por isso, a importância monitoramento da lavoura.

De acordo com a Embrapa Soja, se o agricultor fizer aplicações em um momento errado, poderá ter que fazer várias aplicações - já que a proteção é de cerca de 25 dias, o que aumenta sensivelmente os custos de produção. Por outro lado, se o produtor não estiver monitorando a lavoura, só vai perceber os sintomas quando for tarde demais, comprometendo assim a eficiência dos produtos.

A entidade destaca que a identificação da ferrugem ainda é uma dificuldade para técnicos e agricultores, porque é comum confundir a ferrugem com a mancha parda ou com a septoriose (Septoria glycines). A diferenciação entre as duas doenças é feita observando-se com uma lupa a parte de baixo da folha. A ferrugem apresenta pontos escuros (ferrugem) e salientes, semelhantes a pequenas bolhas.

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