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13º Salário: Gastar ou Poupar?



Marcos Crivelaro
Até o dia 30 de novembro, os trabalhadores devem receber a primeira parte do 13º. salário que foi instituído pela Lei nº 4.090, de 13.07.1962. O abono beneficia cerca de 57 milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos e aposentados e pensionistas da Previdência Social (neste ano, pela primeira vez!) e, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), injeta R$ 48 bilhões na economia até dezembro. É chegada a hora dos trabalhadores formais receberem seu décimo terceiro salário e muitas idéias vêm à mente acerca do que fazer com ele. Seguem algumas recomendações: - Fazer empréstimos para gastos maiores que o valor total do 13º salário: em razão da alta taxa de juros deve-se ter cuidado ao tomar empréstimos junto a instituições financeiras. De acordo com a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a taxa média cobrada no cartão de crédito é de 10,35% ao mês, enquanto no empréstimo pessoal é de 5,53% ao mês. Segundo o CIDOC (Centro de Informação, Defesa e Orientação ao Consumidor), os empréstimos nunca devem ser feitos por telefone. Os dois principais motivos para tal medida são: a incerteza de que se trata de uma empresa idônea e o risco do débito da primeira parcela ocorrer antes do dinheiro ser liberado, já que o consumidor não terá uma cópia do contrato. - Pagar dívidas de 2006: para quem contraiu dívidas ou encontra-se inadimplente, um dos melhores conselhos é quitá-las, ou pelo menos abatê-las, sobretudo as que cobram as maiores taxas de juros. Quem deve mais do que o valor total do 13º salário deve negociar e não ficar rolando a dívida no cheque especial ou no crédito pessoal. Se o consumidor está antecipando o pagamento da dívida ou de determinadas parceladas, não deve pagar juros pelo período em que o crédito não será utilizado. - Dívidas para 2007: é comum gastar um bom dinheiro na preparação das ceias de Natal e Ano-Novo. Esse desejo consumista de fim de ano está relacionado ao hábito de atrelar o consumo ao ganho (se eu ganho mais, vou gastar mais!) e não à poupança (se eu ganho mais, vou poupar mais!). Porém, não se esqueça que logo depois da Ceia de Ano Novo já é hora de se desdobrar para pagar as contas de janeiro e fevereiro (por exemplo, o IPVA, o seguro do carro, o IPTU, etc). - Investir ainda em 2006: para os conservadores, o ideal é investir em poupança, fundos de renda fixa e fundos DI, que estão com rendimentos similares líquidos de 0,68 % ao mês. Para os moderados, recomenda-se a previdência privada tipo PGBL com rendimento parcialmente atrelado ao IBOVESPA, que está com rendimento superior a 1% ao mês além do benefício fiscal. Para os agressivos, a aplicação em ações é uma opção de diversificação para obter ganho expressivo, mas cuidado, quando o IBOVESPA atingir 43.000 pontos é hora de vender as ações e realizar lucros!
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