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Alternativas no controle do percevejo Barriga Verde na cultura do milho



Dionisio Link

O melhor controle químico do percevejo verde em plântulas de milho é através do tratamento de sementes com nicotinóides.

            O manejo da palhada, antes da semeadura direta é considerado muito importante, mas as informações existentes até o momento, não permitem a montagem de uma estratégia que seja eficaz e segura. Entre as sugestões apresentadas, a rotação de cultivos é, teoricamente, a mais efetiva, mas o problema está na cultura a ser escolhida para implantar na área infestada, pois estes percevejos se desenvolvem num grande número de cultivos.   

            O tratamento de sementes tem se mostrado eficaz quando a densidade de percevejos existentes na área for pequena, de até cinco exemplares por amostra (metro de linha) conforme os trabalhos apresentados pelo Dr. Roberto Bianco (IAPAR, Londrina – PR), no XX Congresso Brasileiro de Entomologia, Gramado -2004.

            Em densidades maiores, os melhores resultados foram obtidos com a associação do tratamento de sementes (preventivo) mais duas aplicações de pulverização foliar (curativa) feitas aos três e dez dias após a emergência (3DAE e 10DAE). Tratamentos  curativos, sem aplicação prévia do tratamento de sementes, após a emergência foram em geral, pouco eficazes no controle.

            Até o presente momento, não há uma técnica de amostragem eficiente e segura que permita estabelecer a densidade de percevejos existente na palhada, o que convenhamos não facilita qualquer estratégia de controle desta praga. Sabe-se que quanto maior for quantidade da palhada, maior é a possibilidade da ocorrência de populações elevadas do percevejo. O conhecimento do histórico fitossanitário da propriedade é no meu ponto de vista, o fator mais importante para uma tomada de decisão em relação a esta praga. Se em anos anteriores, a presença do percevejo foi constante é muito provável que ocorrerá na safra a ser implantada e então a tomada de decisão de controle deve ser considerada como necessária.

            Os melhores resultados, em tratamento de sementes, de forma isolada, foram obtidos com a aplicação de 70ml do produto comercial de clotianidim (Poncho 600FS) e tiametoxam (Cruiser 700WS) em 20 kg de sementes, com um custo aproximado de R$70,00/há só em inseticida.

            O custo do controle, sob altas densidades de infestação, com tratamento de sementes e duas aplicações foliares sobre para R$95,00/há (R$70,00 do tratamento de sementes + duas pulverizações de R$12,50/cada) equivalente hoje a 5,6 sacos de 60 kg de milho (preço do milho R$17,00/60 kg de grão) o que convenhamos, é extremamente elevado principalmente porque outras pragas que correm normalmente na cultura apresentam um custo de oito sacos/há de acordo com o informe da AENDA (Pesquisa de Preços e Defensivos, ano II, n.5, março de 2004).

            Entre os nicotinóides registrados para o controle desta praga no milho, estão o Poncho 600FS (clotianidim)(350ml/100 kg de sementes) e Cruiser 350FS (tiametoxam)(700g/ 100 kg de sementes). 

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