A África do Norte foi a região que mais aumentou suas despesas no período considerado. As mesmas cresceram 112%, para se estabelecerem em US$ 5,5 bilhões em 2005. O Oriente Médio e a Ásia Central aumentaram em 63% suas despesas em 18 anos, consolidando respectivamente valores de US$ 63 bilhões e US$ 0,8 bilhão em 2005. Já a Ásia do Sul consolidou um valor de US$ 25 bilhões, com um crescimento de 91% no período. Enfim, a Ásia do Leste e a Oceania aumentaram suas compras de armas em 71% e 35% respectivamente, para se estabelecerem, em 2005, com US$ 120 bilhões e US$ 11,5 bilhões. Vale destacar que o término da Guerra Fria provocou um recuo nos gastos militares mundiais. Os mesmos caíram 26,4% entre 1988 e 1995, passando de US$ 1,044 trilhão para US$ 768 bilhões. Todavia, entre 1995 e 2006, tais gastos deram um novo salto, aumentando 56,8% no período, ao chegarem a US$ 1,204 trilhão em 2006. O país que registrava mais gastos militares por habitante, em 2005, era o Catar, com US$ 2.547,00, superando os EUA, que vinham em segundo lugar, com US$ 1.675,00/habitante. Em seguida, pela ordem, vinham Israel, Cingapura, Omã e Arábia Saudita. Já os gastos militares em percentagem do PIB mostravam, no mesmo ano, Omã na liderança, com 12,3%, seguido por cinco outros países ainda ou muito subdesenvolvidos, a saber: Arábia Saudita (8,2%), Israel (8%), Burundi (6,1%), Madagascar (5,3%) e Angola (4,9%). Os EUA apresentavam 4% do PIB, seguido da Rússia com 3,7% e da Índia com 2,7%(cf. jornal Le Monde-França).Neste contexto, a estabilidade do Planeta está mais do que nunca comprometida. Já que a consciência mundial não melhora neste sentido, a idéia de se criar um Fundo de Desenvolvimento mundial via a taxação do comércio de armas deveria ser retomada.
