Fazer o sucessor nos negócios não é tarefa fácil para a maioria dos empresários ou empreendedores. As empresas têm desembolsado quantidade razoável de recursos na ânsia de identificar estratégias eficazes e rápidas para a formação do sucessor e novo líder.
Nessa linha de raciocínio surge uma estratégia ainda recente no Brasil, mas amplamente utilizada nos Estados Unidos e na Europa principalmente, o coaching. Uma maneira programada de o líder empresarial agir focando os esforços no desenvolvimento de talentos, criando equipes e empresas de alta performance.
Reunir esses três conceitos parece uma idéia interessante e fundamental para a obtenção da longevidade nas organizações empresariais, pois grandes empresários normalmente carregam no seu perfil uma característica marcante, a da liderança. Estes empreendedores, para perpetuarem os seus negócios, necessitam fazer sucessores líderes.
Um dos expoentes da liderança e guru de muitos empresários, o ex-CEO (Chief Executive Officer), espécie de Diretor Executivo, da General Eletric, Jack Welch, afirmava que todo líder deve ser um coach.
O significado de coach no mundo empresarial pode ser uma mistura de técnico e treinador que vem do inglês e coche, do francês, que significa veículo, algo que conduz. Portanto, o Coach é um profissional cuja tarefa principal é de ajudar, conduzir a pessoa que está sendo treinada para obter o melhor de si.
Por isso os programas de coaching estão sendo cada vez mais utilizados para o desenvolvimento de equipes e profissionais em posição estratégica. A tarefa fundamental neste caso é transformar executivos em líderes.
Devemos lembrar oportunamente que independente da posição que cada um de nós ocupa, somente estará apto a subir na hierarquia da empresa se há alguém capaz de nos substituir na posição que estamos atualmente.
Assim, a preocupação de qualquer empresário ou colaborador é o de sempre preparar alguém que possa nos substituir sem solavancos. Isso facilitará as coisas tanto para a empresa como para nós.
Por isso, empresas que se preocupam com o processo sucessório devem ter algo como o coaching em mente para preparar a transição.
Normalmente ocorrem três situações na sucessão empresarial. Na primeira, a empresa não se preocupa com a potencial situação e ela ocorre de forma traumática no momento em que falta o gestor principal e não há alguém preparado para assumir a posição.
A segunda, quando numa determinada fase de desenvolvimento do empreendimento percebe-se a necessidade e um programa de sucessão é desenvolvido.
A terceira, quando a formação de líderes faz parte da cultura organizacional. Ou seja, a criação de líderes é integrante da estratégia da empresa e dessa forma aumenta as possibilidades de encontrarmos um executivo-líder capaz de substituir o gestor principal ou outras posições estratégicas à altura das necessidades.
Tanto na segunda como na terceira situação o coaching representa uma estratégia importante e adequada. Na prática, tem uma característica interessante porque ele se detém sobre a gestão do aprendizado e desse modo muda a maneira como o coachee (a pessoa que está sendo treinada) percebe a satisfação do seu trabalho na empresa.
Dito de outro modo, temos preferência por aquilo que conhecemos melhor e que temos certo domínio. Às vezes nos falta conhecimento e técnica para desempenhar bem outras tarefas importantes e complementares à nossa função, e por isso, muitas vezes as negligenciamos. Conheço muitos empresários que relegam a um segundo plano atividades que não tem domínio, mesmo que sejam fundamentais para a empresa.
O coaching tem a função de equilibrar a vida do executivo-líder. Se for capaz de ensinar técnicas e tornar o coachee excelente noutra atividade em que ele é deficiente, fará com que ele também comece a gostar daquelas atividades, criando a sensação de controle e de desafio vencido, aumentando a satisfação
Na seqüência, melhora a auto-estima e amplia as opções de sucessão.
Uma boa semana de Gestão & Negócios.
