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ALÁ QUI BIR, NO FIM!!


Paulo Lot Calixto Lemos

9:00 horas da manhã de um novo dia. Depois de um ultimo olhar como que para conferir se está tudo em ordem na “tapera” e no “gabinete”, lá vem ele, subindo devagar o “beco dos aflitos”. Logo na esquina, ainda no prédio de sua propriedade, mais um olhar para verificar quem está presente na padaria do Armando Lopes. Depois de certificar com segurança que não vem carro, e mais importante ainda: se o “Sangue-Frio” não está na janela, atravessa a “rua do ouro”. Já do outro lado da rua, ajeita a calça e no mesmíssimo local de sempre, tira um cigarro do bolso, se vira contra o vento e o acende. Acaba, então, de subir até a praça, faz o sinal da cruz e contorna a igreja da Matriz. Desce a praça até o cine Roxy e sobe novamente até a banca de jornal, onde lê as manchetes do dia. É este o ritual matinal de todos os dias do querido Ali Alux. O famoso “Biscatão”. Antes é claro, de partir para o cerimonial de abrir sua primeira Brahma do dia. No fim!

Ali Alux vive sua vida de modo simples, ou melhor, de uma maneira singela. Imagino que seu raciocínio sempre foi algo parecido com: “Se a vida é simples, então pra que complica-la?”. Mas sem duvidas que existem nela, paixões e manias, posso dar noticia de algumas: seu carro, o conhecido “Torpedo”, um belo De-Soto ano 52, que pelo menos uma vez por semana tem seu motor ligado. Suas Brahmas, pois apesar do sangue libanês, Ali Alux não bebe Arak, é antes, um dos maiores bebedores e entendedores de cerveja dessas paragens. Sua inseparável caixa de fósforos cheia de clips, que seria um misto de apoio de cigarro com amuleto da sorte. Os chumaços de jornal, bem acomodados nos bolsos traseiros de sua calça, que por passar muitas horas sentado, é chamado por ele de “amortecedor”. E por ultimo sua maior mania ou paixão: apelidar os amigos e conhecidos. Com certeza este é seu maior dom. Basta alguma convivência, alguns dedos de prosa, para que o apodo surja e caia no cidadão, tão bem como uma luva.

Pensando nisso, decidi fazer uma pesquisa, coletar e imortalizar neste prestigiado diário, o maior numero possível de apelidos originados da originalidade do Biscatão. Pesquisa esta que não seria possível sem os préstimos dos amigos Helder Pádua, Dr. Tuta e Luis Cláudio Farjalla.

Insisto que se alguém ficou de fora não foi por omissão, mas como diz o próprio “Biscatão”: ninguém tem idéia de santo, no fim! Por outro lado, se alguém que ficou de dentro, mas era pra ficar de fora, nossa intenção não é e nunca foi a de provocação. Segue, então, a lista:

- Zeca Caetano Andrade: Cascaeira. - Cassiano (do B.B.): Capeta.

- Tatão Lemos: Mulato da Mata. - Orlando (Credireal): Rapadura.

- Dirceu Brandão: Sossego da Morte. - Petrônio Parenti: Torresmo.

- Lelo Pimenta (da Gaúcha): Jumento. - Cícero Parenti: Caôio.

- Dr. Feliciano Maia: Jumentinho. - Roquinho Westin: Pé de Coqueiro.

- Assad Cherain: Pé de Chinelo. - Telmo Negrão: Espiga.

- Jamil Farjalla: Lobo - Antonio Soares: Caxangá.

- Wilhan Farjalla: Lobinho. - Helvécio Lemos: Pescoço.

- Wilson Farjalla: Sangue Frio. - Dr. Eduardo: Fusquinha.

- Junior Farjalla: Patriota. - Mauricio Calixto: Bode Invertido.

- Maximiano Azevedo: Azedume. - Clovis Calixto: Pena Branca.

- Dr. Francisco Assis: Frango Moiado. - Zezé Calixto: Amigo da Onça.

-Aníbal (Arca de Noé): Frango Mal Matado. - Milton (Roda Branca): Luneta.

- Jair Santos: Papagaio de Galocha. - José Figueiredo: Caipira Desembaraçado.

- Rogério Nogueira: Catatau. - João Sarno: João Fogão.

- Helinho Brandão: Panca de Tonto. - Chico Lopes: Chico Égua.

- Dalton (Noivinho): Gerente Del Mundo. - Neif Jabur: Jaburu.

- Noivinho: Deis Andar. - Dr. Zequinha: Xuxú de Gaveta.

- Vicente Reis (sapateiro): Triste. - Olney Franco (da Suely): Apostolo.

- Quinto Piantino: Brizola. - Osmar Baldini: Boi.

- Roberto (Real moveis): Amendoim. - Sebastião Gonçalves: Tião Galam.

- Zezinho (farmácia):Ladrão de Bagdad. - Lotardo Conte: Chuvisqueiro.

- Dio Macedo: Mazaropi. - Helder Pádua: Sal Amargo.

- Carlos Magno: Porteira. - Tibreu: Pesado.

- Leo Fonseca: Machado Colin. - José Aristides Barbosa: Zé Corisco.

- Pedro Antonio (Zininha): Regente Feijó. - Pereirinha: Piriá.

- Zé Luis Rosa: Pé Roxo. - Paulinho Piassi: Gambá Cinzento.

- Virgilio Vasconcelos: Cavalo. - Armandinho Lopes: Moita.

- Alberto Felix (Betinho): Feliz. - Marquinho Alux: Varicela.

- Juquinha Andrade: Picolé de Groselha. - Fernando Alux: 6 Volts.

- Otacílio Baldini: Bola de Salame. - Raimundo (do Chopão): Trator.

- Ludjero Mattar: Cabeça de Carneiro. - Paulo Henrique Horta: Bicho de Pena.

- Neném Mattar: Cachaço. - Neném do Aladim: Cabeça de Bagre.

- Benedito Mattar: Cara Afastada. - Paulo (do Zé Feio): Limão.

- Wilton Figueiredo: Boca de Rosa. - João Candinho: Assassino.

- Careca: Cachorrinho Alegre. - José Carlos Paraquini: Caçula.

- Feres Calixto (Ferinho): Marruais. - Josué Farel: Sorriso Eterno.

- Paulo Calixto: PMB. - José Waldir: Soneira

- Tiãozinho do Nino: Charopinho. - Sr. Candido: Paixão Cearense.

- Dr. Hernani (prefeito): Garça. - Tadeu: Liquinha.

- Rafael (Zé da Beca): Cano Furado. - Fabinho do bar da Lili: Rabo de Peixe.

- Nadinho (Zé da Beca): Limpa Tudo. - Salim (da Saema): 10.

- João da Brahma: Barriga de Aço. - Lino: Charopão.

- Luis Antonio (Passos Hotel): Zebra. - Oscar (do Bufet): Nego Atrevido.

- Otto Zebral: Pingüim. - Rodrigo(Globo): Pendão da Esperança.

- Zé Lima (Baldinho): Marfim. - Erick (do Dr. Hernani): Jarrão.

- Tarcélio Santiago: Bicho Carpinteiro. - Antonio Carlos Silveira: Bodão.

- Dr. João Domingos (padeiro): Onze. - Dr. José orlando (Tuta): Bocudo.

- Chiquinho Padeiro: Cinco e Meio. - Tales Arouca: Leão Enjaulado.

- Eloy (da caixa): Pólo Norte. - Julio (do bar do tula): Pé de Porco.

- José Magalhães: Pantera Cor de Rosa. - Tião Maia (pobre): Beiço de Porco.

- Dagoberto Soares: Lobisomem. - Mauro Miarelli: Carne Moída.

- Cério Tiso: Carneiro Mocho. - Jairo Andrade: Tempestade.

- Lucílio Fonseca: Marolo.

- Luis Reis (do B.B.): Bem-Te-Vi.

- Vantuil (do B.B.): Gateado.

- Manoel (do B.B.): Mané Pança.

- Chicão (do B.B.): Rabanete.

- Amintas (do B.B.): Focinho de Cachorro.

ALÁ QUI BIR – DEUS ESTEJA COM TODOS – NO FIM!!

Paulo Lot Calixto Lemos

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