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Cooperativismo: a fonte para a retomada do crescimento



Frederico Franco

No contexto em que vivemos de atualização do modelo econômico e social, o cooperativismo  precisa ter mais projeção territorial e participativa. Será necessária também a participação de todos os agentes locais, públicos ou privados para definirem estratégias  para a recuperação econômica após a pandemia do Covid-19 com base no desenvolvimento de espaços de concordância entre as diferentes formas de pensar versus a avaliação dos riscos econômicos.

Diante do exposto, a força das cooperativas perante a sociedade será essencial para qualquer localidade que deseja impulsionar o desenvolvimento local após a pandemia. É importante ressaltar, que são mais de 46 milhões de brasileiros beneficiados pela forma  de trabalho cooperativista, além de ser no mundo, a principal fonte de renda de mais de 1 bilhão de pessoas. Para se ter uma ideia da dimensão, segundo dados de 2017, se somadas as 300 maiores cooperativas do mundo, elas estariam no patamar de  serem a 6ª maior economia do mundo, com um PIB de US$ 2,53 bilhões.

Por meio da força do cooperativismo, acredito que a retomada do Brasil vai ser resumida em dois fatores: Econômico e Intelectual.

No fator intelectual, o principal objetivo será de desenvolvimento da capacidade de adaptação e resiliência, aliada ao desenvolvimento da análise crítica dos fatos perante a aquisição de conhecimento. O conhecimento permite ao indivíduo não apenas saber, mas o mais importante, saber fazer e saber ser, e para isso, são necessárias mudanças institucionais e organizacionais para criar condições para o desenvolvimento, além da aplicação em uma atmosfera de interação e diálogo de toda a sociedade em função da solução dos problemas.

Na economia, a sua relação com Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) é inquestionável, sendo vista como o motor para alcançar e manter vantagens competitivas sustentáveis no mercado, e continuará sendo de suma importância, visto que o cooperativismo abrange 13 ramos de atuação no  Brasil (Agropecuário, crédito, consumo, educacional, especial, habitacional, infraestrutura, mineral, produção, saúde, trabalho, transporte, e turismo e lazer) e gera mais de 372 mil empregos.

Os dois fatores se unem, quando definimos a inovação em seu sentido mais amplo: inovação é aprender a gerar e usar o conhecimento, e a combinar e usar criativamente o conhecimento existente para resolver problemas novos e antigos e aproveitar oportunidades para avançar no desenvolvimento sustentável inclusivo (Lundvall, 2000).

 

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